quinta-feira, 29 de abril de 2010

O bom e o mal atendimento. Ou, O hospital público e o Privado



Eu poderia inventar mil títulos para esse post, mas como eu só posso colocar um, acho que ficou bom. Não entendeu ainda? Vai começar a fazer sentido agora.

Existe um consenso no Brasil de que as instituições públicas atendem mal os seus clientes e as privadas atendem, digamos, menos mal. Se fossem feitas pesquisas com a seguinte pergunta: "Qual Banco atende melhor, a Caixa ou o Bradesco?" A resposta notória é que o Bradesco obteria a maioria e os que votariam na Caixa, provavelmente passaram maus bocados com o Banco que é "Completo". Mudando de ramo. Que tal uma pesquisa entre um Hospital Público e um privado? Os que votarem no hospital do governo, ou tiveram a sorte de ter um excelente próximo a eles, ou precisam urgente de tratamento psicológico.

Eu concordo que hoje em dia o setor privado tem melhores atendentes - funcionários - que o público, e por vários motivos. Um deles é a punição. Se um funcionário de um grande Banco privado atende mal os clientes, estará com os dias contados na instituição, mas se um funcionário público atende mal os seus clientes, o governo não pode chegar e simplesmente mandá-lo embora. Existe a necessidade de que tal fato seja uma constante, e daí então, o seu Gerente tome conhecimento, esse então, abra um processo administrativo que, se der em algo, não passará de uma advertência. Caso toda essa ladainha se repita, aí quem sabe, ele possa ser suspenso. Imagine para ser demitido.

O que faz para mim a lei 8.112/90 (que dita os direitos e deveres do funcionário público federal) falha neste aspecto. Dar garantia e estabilidade de trabalho à quem trabalha mal é um erro dos mais graves. Um funcionário da TIM, por exemplo, se pisar na bola é mandado pra rua no mesmo dia. Há quem defenda que se caso não fosse assim, isso poderia virar moeda de troca dentro das repartições públicas, ou seja, o chefe estaria com a faca e o queijo na mão para demitir quem quisesse. Só que, as  perguntas que nunca se calam são: Será que esse chefe não tem que responder sobre os seus atos a ninguém? Os cidadãos não têm direitos que podem reivindicar caso sejam injustiçados? Tudo passa pela falta de consciência de quem manda e pelo desconhecimento geral dos direitos e deveres de cada cidadão. Uma pergunta bem simples para deixar qualquer um com a pulga atrás da orelha: Você já leu a constituição? Pode parecer um porre, mas é um livro pequeno pra tanta reclamação.

Como exemplo, vou citar um caso que ocorreu comigo recentemente. Precisei abrir uma conta corrente no Banco Bradesco e já que iria até lá, resolvi levar também uma proposta do meu atual Banco para renovar o seguro do meu carro. Fui muito bem atendido quando da abertura da conta corrente, não tenho o que reclamar, mas como tudo nos Bancos privados é "cada um no seu quadrado", a atendente da abertura de contas me passou para àquela que faz seguro. Essa por sua vez, começou o questionário - sendo que eu já tinha entregado a proposta do meu banco com todos os dados e mesmo assim ela me perguntou tudo, tim-tim por tim-tim - e logo após me passou os valores. Disse eu: “Imprime, por favor, que eu vou analisar e se assim preferir, ligo e fecho com você", aí começou o motivo da minha revolta e desistência em fechar o seguro com o Banco, disse ela: "Mas saiba que os atendentes de bancos públicos são todos despreparados, não conhecem os produtos e se você tiver algum problema ficará eternamente arrependido de não ter fechado com a gente. Eu sempre digo que é a mesma coisa de se comparar um hospital público com um hospital privado". Faltou-lhe ética profissional, péssimo atendimento. Não é porque a maioria dos funcionários públicos são mal treinados e despreparados que todos são assim. E por acaso, eu pedi alguma opinião a ela? Mal sabia que estava diante de um Gerente de Contas de outro banco. Lá no que eu trabalho, pode até ser que alguém faça o mesmo, mas garanto não é essa à orientação da empresa. E digo mais, não é essa à orientação do Bradesco. Por outro lado, no dia seguinte, tive que ir a CEF, onde fui, até cito, pela primeira vez muito bem atendido. Agendei (o que é um saco, mas enfim, normas são normas e isso não significa mal atendimento), me chamaram no horário, a funcionária me tratou com dignidade e respeito e, além de tudo, sabia o que estava fazendo e resolveu o meu problema.

Ética e bom atendimento acredito eu, passa pelo processo de formação das pessoas, mas também tem que ser imposto (de cima para baixo mesmo!) pela empresa. E uma das formas de imposição é a possibilidade de punição. Se essa possibilidade for falha, a empresa ou o Governo terá problemas. 

E Nunca é demais orientar: Exija ser bem atendido, cumpra com os seus deveres e faça com que seus direitos sejam cumpridos! Quando tiver algum desrespeitado, reclame com o atendente, com o Gerente, notifique a empresa, vá ao PROCON e se, preciso for, acione-a na Justiça. Eu, particularmente (não oriento que façam assim, mas enfim....isso é pessoal) não tenho tanta paciência. E ainda, costumeiramente, exijo de todos, mas ainda mais dos grandes. Por motivos óbvios eles ganham mais dinheiro, têm mais clientes e, portanto conseguem ter um serviço diferenciado.

terça-feira, 27 de abril de 2010

O Plano Nacional de Banda Larga, Telebrás e qualquer outra estatal no plano


O Presidente Lula poderá aprovar o PNBL(Plano Nacional de Banda Larga) nos próximos dias. O Plano consiste em tornar universal o acesso à Internet no país, criando através de uma empresa pública, uma rede de cabos de transmissão, com o objetivo central de baratear os custos e assim democratizar o acesso à Internet rápida no país. Essa empresa pública, podendo ser ou não à famigerada Telebrás, pretende também que além da rede de cabos, esta chegue ao consumidor final oferecendo também serviços para que, caso não haja interesse do setor privado no plano, este possa ser desenvolvido pelo setor público. Caso haja interesse o objetivo é aumentar a concorrência.

O que ocorre de fato. É uma boa idéia tentar dar acesso a quem não tem a uma internet de qualidade, só que desta forma é um erro, pois, só cria despesas adicionais ao governo e por consequência aos contribuintes sem atacar de fato ao problema central. Explico-me.

O grande problema do acesso à Internet rápida no país, além da baixa renda e acesso à educação, é os altos impostos embutidos nos serviços. Não faltam empresários, como deixa a entender o Governo, dispostos à ganhar dinheiro com a venda desse serviço. E além de tudo, criar uma empresa pública, que terá que contratar, treinar, demitir, dar assistência médica, previdência, gastando com isso, mal os impostos absurdos já cobrados, é demais.

Segundo as empresas, a carga tributária sobre os serviços de telecomunicações representa 42,7% da tarifa*, ou seja, quase metade do valor cobrado de você contribuinte vai para o bolso do governo. Por que não reduzir a carga tributária e deixar que os empresários façam o resto, ao invés de entrar em um mercado desconhecido pelo governo e jogar um mundo de dinheiro no ralo? Será André que os empresários vão mesmo baixar as tarifas? Sim, é claro que sim, caso contrário vem outro de fora e toma o mercado de quem já o  tem. É a lei da oferta e procura meu caro, é como se sobrevive no mundo dos negócios! Quem vende mais barato tem mercado, quem vende mais caro vai pro saco. 

E para enfatizar! Sem essa de que empresário não sabe ganhar dinheiro, como sugere o governo. Se existe algum que não sabe, este já faliu, ou está a caminho.

* Conforme dados do sítio: www.votebrasil.com em consulta efetuada em 27/04/2010


Lula poderá aprovar plano para banda larga ainda nesta terça

Do Portal Correioweb em 27/04/2010

Brasília – O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) poderá ser aprovado ainda nesta terça-feira (27/4) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o coordenador do Programa de Inclusão Digital da Presidência da República, Cezar Alvarez, está marcada uma reunião da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, às 17h30, com o presidente, e o tema deverá ser levado ao conhecimento de Lula.


“Vamos levar ao presidente as questões que ficaram pendentes da última reunião, há cerca de três semanas”, disse. Ele adiantou que o presidente irá conhecer um estudo sobre qual seria o melhor instrumento de gestão da rede: a Telebrás, o Serpro ou uma nova empresa. “Estamos levando um conjunto de prós e contras ao presidente”, afirmou Alvarez.

Além disso, serão tratados com o presidente assuntos como o estatuto, o projeto de lei e a questão de recursos humanos, referentes ao plano. Depois da aprovação das diretrizes pelo presidente, Alvarez prevê que, dentro de uma semana, o plano poderá ser divulgado.

Comento

Vou dedicar o próximo post a esse assunto. É uma matéria de extrema relevância para o desenvolvimento do país, mas não acho que a maneira como está sendo proposto, seja de eficácia e custos adequados. Não demoro e espero que leiam. 

Lembram do último post? Um exemplo clássico

Acabo de ler o seguinte:

NAUM ME IMPORTA SE VC ESTA COM INVEJA DE MIM NAUM Q IVENJA NAUM DA EM NDA EU SOU MAIS EU MANE


Diga-me se entende, ou se não é de doer? Deixe seu comentário.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Monokrafia do Zé Mané revisada pela Profi Maria Bokó. É ki ele soh aprendeu a iscrever no MSN





É o tipo de coisa que me irrita. Não que eu seja um Doutor em linguística, mas não é por isso que sou obrigado a concordar com tal dialeto. É um hábito de escrever "naum", "soh", "ki", "vc", "xove xuva(?)", "falow", "brodi", "véi", que me tira do sério. 

Émile Durkheim, considerado um dos pais da sociologia moderna, estudou e chegou à conclusão de que a sociedade - entenda-se por aquela formada por indivíduos - é influenciada pelos fatos sociais. Esses são, segundo o seu pensamento, "As maneiras de ser, sentir e agir exteriores ao indivíduo e que exercem sobre o mesmo um poder coercitivo". Ou seja, algum gênio da lâmpada, um dia, achou legal escrever "que" grafado assim: "ki” (apenas para dar um exemplo). Outro gênio então gostou, divulgou a novidade e espalhou-a pelo mundo. Virou "modinha", onde hoje, tal hábito é imposto à  todos (que aceitam).

Mas que sociedade é essa?  É o futuro do país, jovens de oito (ou menos) à 20(ou mais) anos que apesar de serem bem mais dinâmicos que as gerações passadas, não valorizam bons hábitos, como o de escrever bem, ou pelo menos, não mudar o que já existe.

Destaquei acima à forma de agir exteriores ao indivíduo porque é o que mais se encaixa, nessa linha de raciocínio, ao pensamento do nobre sociólogo sobre o que é imposto pela sociedade. Alguém inventa, outro acha bonito e se quem está na "rodinha" não aceita é excluído do grupo. E esses teem a cabeça tão vazia - por não terem uma personalidade consistente, calcada em bons princípios - que aceitam sem contestar.

Vai chegar um dia, no andar dessa carruagem, que um desses vai ascender a um cargo político importante - afinal para isso não é preciso nem saber escrever não é? - e vai fazer um lobby para reformar nossa gramática. Eu, sinceramente vou fazer aquilo que acho de profundo mal gosto e sem efeitos. Pegar uma placa, chamar mais dois ou três amigos (as), e ir para a porta do Congresso ou do Palácio que for, vestido de Freddy Krueger (assassinar em partes parece ser o hábito) e gritar: "ais, ais, ais, o Ki jamais".

Está registrado. 



Receita já recebeu 60,8% das declarações do Imposto de Renda

Da agência Brasil publicado pelo sítio do Correioweb em 26/04/2010:


Faltam cinco dias para o fim do prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda. Até o início da tarde desta segunda-feira (26/4) a Receita Federal tinha recebido 14,6 milhões de declarações, o que corresponde a 60,83% do total estimado para 2010, que é de 24 milhões.



O pico de entrega na internet hoje chegou 88,568 mil por hora às 10 horas, mas são números que variam a todo instante. O prazo termina sexta-feira, 30 de abril, e quem não enviar as informações pagará a multa mínima de R$ 165,74, ou a máxima, de 20% do imposto devido.

Há mais de quinze anos que a Receita Federal não prorroga o prazo de entrega da declaração. A Receita lembra que o contribuinte não deve deixar para a última hora, pois pode encontrar problemas diversos, como falha na conexão com a internet ou no próprio computador onde está sendo feita a declaração.

Neste ano quem foi apenas sócio de empresas e não tem mais nenhum tipo de obrigação perante o Fisco não precisa declarar. O mesmo ocorre para que tinha patrimônio até R$ 300 mil até 31 de dezembro de 2009.

Antes, esse limite era de R$ 80 mil. Por outro lado, estão obrigadas a declarar, entre outros, os contribuintes que tiveram rendimentos tributáveis superiores a R$ 17.215,08 no ano passado segundo as novas regras para a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2010.



Além da internet, a declaração também pode ser apresentada em disquete, nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal, ou em formulário de papel, nos Correios e nas lojas franqueadas ao custo de R$ 5,00 para o contribuinte, no horário de expediente de cada instituição.

Quanto ao prazo, é importante o contribuinte ficar atento porque de acordo com a Instrução Normativa 1.007 da Receita Federal, o serviço de recepção das declarações pela internet, será interrompido às 23h59min59s, horário de Brasília, do dia 30 de abril. Quem for entregar a declaração por outros meios, deve observar o horário de funcionamento de cada agência bancária ou dos Correios.

Comento


O título da reportagem é um tanto quanto otimista. "já recebeu 60,8% das declarações". O Brasileiro é o campeão de deixar tudo para o último dia, pois, faltam APENAS quatro dias para encerrar o prazo final e pouco menos da metade dos contribuintes ainda não entregou à declaração. Imagina aí leitor, se é feito desse jeito com uma declaração de IR que não leva 30 minutos para ser feita, como é que o brasileiro trata seus estudos, seu trabalho, sua empresa, seus filhos....e por aí vai.

Por que um NÃO às cotas raciais da maneira que é concebida, e um SIM à reserva de vagas para portadores de necessidades especiais!


Recentemente, foi debatida em audiência pública no Supremo Tribunal Federal, a questão das cotas raciais praticadas por algumas Universidades Públicas, em justa causa, por ser objeto de duas ações ajuizadas na corte augusta. Logo teremos uma decisão a respeito do tema. Um paralelo que geralmente é feito em relação às cotas é a da destinação de pelo menos 5%, e no máximo 20% (Lei 8112/90 artigo 5º), das vagas em concursos públicos a portadores de necessidades especiais e a obrigatoriedade das empresas com mais de 100 funcionários serem obrigados a destinar 2% à 5% das vagas a deficientes(Lei 8213/91 Artigo 93). Parece-me um tanto quanto absurda a comparação, mas como é algo que é feito com freqüência deixarei minha visão para que possam pensar um pouco no assunto. 

Primeiro em relação às cotas raciais, nesse caso, vou me referir aos negros abrangendo todas as raças, digamos, discriminadas (começa complicado daí!). Quem às defende tem as seguintes teses: 

1) O Brasil possui uma dívida com os negros em função da escravidão.

2) O negro é discriminado no Brasil e por isso não tem o mesmo acesso às boas escolas, como o branco, e por isso não é fácil para ele o acesso as Universidades Públicas.

3) Pelo citado acima, existem pouquíssimos negros em cargos de alto escalão e, por isso, temos que dar um jeito de mudar essa realidade.

4) A maior parte dos negros é pobre.

Com certeza, ainda existem mais argumentos, mas basicamente são norteados pelos citados acima. O Primeiro. A escravidão é fato lamentável e não há como defendê-la, mas usar esse argumento parece-me um tanto quanto simplório, pelos fatos que, por quanto tempo os brancos ficaram pagando por essa dívida? Foram os brancos de hoje que escravizaram? Será que são eles que merecem pagar por essa dívida e os negros de hoje que merecem, digamos, recebê-la? É utópico acreditar que por esse argumento, com medidas paliativas, estaremos desfazendo uma injustiça. Outra coisa, APENAS PARA CITAR, não estou comparando, mas se formos tratar como dívida teremos que fazer um cálculo do tempo em que, os negros escravizaram os negros, os brancos escravizaram os brancos e os negros escravizaram os brancos. Ou você que está lendo acha que isso não existiu? Pesquise um pouco e verá que tais fatos ocorreram. Portanto, não se trata de mera questão matemática. A - B = C(?).

O segundo. Discriminação ocorre, ao meu sentir, ao pobre e não ao negro. Claro existem mais negros pobres(e muito mais) do que brancos pobres, mas já pararam para pensar no negro rico? Ele merece então se beneficiar das cotas só pelo fato de ser negro? Em minha opinião, é um enorme NÃO. As cotas devem ser sociais e não raciais.

Para ilustrar o terceiro veja primeiro a foto abaixo:






Como diria a minha mãe: "Oh preto bonito!". Realmente, mas não é só isso. Ele é Doutor em Direito pela Universidade de Paris e hoje, Eminente Ministro do Supremo Tribunal Federal. Só que história não foi sempre tão linda assim. Joaquim Barbosa, segundo consulta efetuada ao sítio Wikipedia.org é natural de Paracatu, primogênito de oito filhos. Pai pedreiro, mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família quando estes se separaram. Aos 16 anos foi sozinho para Brasília onde trabalhou e se formou em direito. 


Aonde quero chegar relatando parte da história de Barbosa? Não acho justo que pessoas que se acomodam e deixam a vida passar com o argumento: "Sou negro e por isso nunca vou conseguir nada na vida", ou, "Nunca vou conseguir nada mesmo". Pense. É justo com pessoas que se esforçaram, que outras que, não se esforçam como tal, obtenham méritos mais fáceis? Não estou dizendo que todos tenham que ter o sofrimento que Joaquim teve (veja que o maior problema é que ele foi pobre), mas também não é certo que tenham, digamos, de "mão beijada". Mas André, ele é exceção? Realmente é, mas não usou o argumento de ser negro e ficou parado no tempo como muitos fazem. Por isso às cotas devem ser sociais, beneficiando os pobres, negros inclusive, e não raciais. Com isso respondo também ao quarto argumento.

Agora em relação aos portadores de necessidades especiais, temos os seguintes argumentos a favor e contra para a reserva de vagas, também apenas os centrais, já que esses norteiam os montes que você pode encontrar:

1) O deficiente tem o cérebro igual ao de todos. (contra)

2) O deficiente tem dificuldades e sofre preconceito para conseguir emprego. (a favor)

Respondo às duas questões de uma só vez. Quem tem alguma necessidade especial encontra dificuldades no seu dia a dia que passam despercebidas pelos, digamos, "normais". Um cadeirante para ir para o trabalho faz um verdadeiro Rali, quando o consegue. Escadas, meio-fio, dificuldades para pegar um ônibus e até para ir à copa do serviço tomar um café. Um deficiente visual precisa aprender e ler com os dedos e necessita que a maioria dos seus instrumentos de trabalhos sejam adaptados e, não é em qualquer lugar que os patrões vão abrir mão de parte da sua renda para adquirir um software com tais recursos, se pode contratar alguém que não tenha essa dificuldade. O mesmo se aplica ao deficiente auditivo. A única vantagem é que pode caminhar tranqüilamente, correto? Nem isso! Para que serve à buzina do seu carro mesmo? Ah é para dar uma cantada naquela "gostosa" que passeia com seu poodle no calçadão. Você já se imaginou tentando aprender inglês sem ouvir? Ou lendo com os dedos? Tomar um banho sentado também deve ser legal não é? 

Por isso eu acho ridículo comparar uma coisa com a outra, para dizer o mínimo. Como disse Rui Barbosa: "(...) tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida em que eles se desigualam". E isso que deve ser feito! Uma política temporária para darmos acesso a quem infelizmente não teve ensino básico digno, como aliás reza à nossa constituição, e tratando de maneira digna quem tem uma dificuldade que você "normal" não tem. E para finalizar, quem é negro mesmo? Quem é branco? Quem é amarelo? Pardo? O único pardo que conheço é aquele envelope de arquivar papeis. Eu posso muito bem, como aliás sou, ser filho de pai Branco(sendo que ele é filho de mãe branca e pai negro) com mãe negra e ser negro. É uma questão "mui" complicada e por isso, a meu ver,  criar cotas raciais só cria mais problemas.

sábado, 24 de abril de 2010

Eminente Ministro Cezar Peluso





Tomou posse, ontem 23, o Excelentíssimo Senhor Ministro Antônio de Cezar Peluso, natural de Bragança Paulista-SP, nascido em 03 de Setembro de 1942 como Presidente do Supremo Tribunal Federal. Juiz de carreira, formou-se em direito com 23 anos de idade na Faculdade Católica de Direito de Santos aprovado para a Judicatura com 25, e isso somente porque é a idade mínima para prestar concurso para à carreira. Exemplo para quem pretende ser um dia, Juiz de Direito, começou na comarca Itapetininga-SP como Juiz substituto, depois nomeado titular da comarca de São Sebastião-SP e Igarapava-SP. De lá foi nomeado Juiz Titular da 7ª Vara de Famílias e Sucessões da capital paulista. Foi o primeiro não membro da corte especial do tribunal a ser nomeado diretor da Escola Paulista de Magistratura. Depois passou a integrar a corte especial do Tribunal de Justiça paulista de onde recebeu a indicação do Presidente Lula ao Supremo.

Nas palavras do, ao meu ver, mais nobre membro do Supremo Tribunal Federal, o decano Celso de Mello: "Não tenho qualquer dúvida -e, aqui, expresso um juízo que é de todos os Ministros do Supremo Tribunal Federal -, que não faltam títulos nem competência e qualificação a Vossa Excelência, para, em harmoniosa atuação com os demais Poderes da República, formular soluções, adotar decisões e implementar medidas que efetivamente permitam superar os gravíssimos problemas que hoje afetam o sistema jurídico nacional." Se eu tivesse que apostar, e aposto, o Ministro Cezar Peluso fará uma revolução jurídica no biênio que presidirá o tribunal.


Clipe da Semana - E o mundo não se acabou! interpretado por Paula Toller


Como o Blog está apenas começando, não existe uma rotina ainda. Vou adotar a primeira. A prática de postar um vídeo por semana que, ao meu sentir, represente algo de importante. Uma mensagem a ser passada.

Esse é para aqueles que não tem o que fazer da vida e sempre acham que tudo está perdido. Nada vai dar certo, o mundo vai acabar e enfim, são pessoas vazias e sem fé. Ter fé não é ter uma religião (eu particularmente acredito que elas possam de mostrar um caminho, uma luz a ser seguida para o bem). É apenas acreditar. Em que? Aí é de cada um. 

Paula Toller em "E o mundo não se acabou!". Curtam:


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Claro é condenada à indenizar por não desbloquear celular


Operadora de telefonia que prometeu desbloquear celular de cliente após um ano da data da compra e não fez, agiu de forma arbitrária. Com esse entendimento, a 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais confirmou sentença e condenou a Claro a indenizar por danos morais um consultor de vendas de Juiz de Fora (Zona da Mata). A indenização foi fixada em R$ 2 mil. Cabe recurso.
O relator do recurso, desembargador Saldanha da Fonseca, entendeu que houve “inércia da empresa, ao preterir por diversas vezes o ajuste a que estava vinculada sem qualquer motivação, fazendo-o inclusive de modo a chancelar verdadeira propaganda enganosa”. Para o relator, a conduta da empresa gerou dano moral ao consumidor.
De acordo com os autos, o consultor adquiriu em um quiosque da Claro no hipermercado Carrefour, em 9 de março de 2008, um aparelho celular com a promessa de desbloqueio após um ano. Passado o tempo exato, o cliente se dirigiu à loja da operadora e solicitou o desbloqueio. 
A atendente, por sua vez, disse que não poderia fazê-lo, pois precisaria de uma declaração de compra do Carrefour.  O consultor providenciou o documento, mas mesmo ao apresentá-lo não conseguiu o desbloqueio imediato. Isso porque deveria fazer um protocolo de desbloqueio que, segundo a atendente, levaria 10 dias para gerar uma senha.
Transcorridos os 10 dias, o consumidor retornou à loja, quando lhe pediram que retornasse após mais sete dias úteis, ou seja, no dia 31 de março. Neste dia, ao se dirigir mais uma vez à loja, o desbloqueio foi negado. Dessa vez, nem sequer os atendentes sabiam explicar o motivo.
O consultor recorreu então ao Procon, mas nem assim conseguiu o desbloqueio do aparelho. Insatisfeito, o consumidor ajuizou ação de indenização por danos morais. Ele alegou que se sentiu “desamparado e impotente” e que sofreu lesões psicológicas.
A juíza Maria Lúcia Cabral Caruso, da 7ª Vara Cível de Juiz de Fora, julgou a ação procedente. Ela fixou a indenização por danos morais em R$ 2 mil. A operadora recorreu então ao TJ mineiro. Alegou a inexistência de ato ilícito indenizável. Para a empresa, houve apenas “aborrecimentos limitados à indignação do cliente por ter que diligenciar para ‘desbloquear’ o seu aparelho celular”.
O TJ-MG confirmou a sentença. O voto do relator foi acompanhado pelos desembargadores Domingos Coelho e José Flávio de Almeida. Com informações da Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Mais uma denúncia aceita pelo MPF. TerRORIZta na Papuda já!

Do portal Correioweb em 23/04/2010:

A Justiça aceitou mais uma denúncia contra o ex-governador Joaquim Roriz. Dessa vez, as acusações são de desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal(1) (LRF). Segundo a denúncia formulada pelo Ministério Público Federal, houve fraude contábil e fiscal e contração de gastos nos dois últimos quadrimestres do mandato — ambos na área da saúde —, o que é vedado pela LRF. O MPF apurou que teriam sido gastos mais de R$ 12 milhões em desacordo com as normas. O processo corre na 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).


Além de Roriz, são citados na denúncia o ex-secretário de Fazenda Valdivino José de Oliveira e os ex-titulares da pasta de Saúde Jofran Frejat, Paulo Afonso Kalume Reis, Aloísio Toscano França e Arnaldo Bernadino Alves. As supostas irregularidades estão detalhadas no Inquérito nº 365/2003 DF e foram levantadas em 2002 por um grupo-tarefa composto por integrantes do Ministério Público Federal (MPF), da Promotoria de Defesa da Saúde (Prosus), do Tribunal de Contas do DF, do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) e da Controladoria-Geral da União (CGU).

Consta dos autos que o grupo-tarefa constatou a existência de compras sistemáticas de medicamentos e insumos médicos e hospitalares que contrariam toda a normativa da administração pública (financeira, contábil, fiscal e de licitações). Medicamentos e insumos da área de saúde eram adquiridos sem licitação, mediante a emissão de vales, recibos e declaração.


“Balbúrdia contábil”

Na denúncia entregue à Justiça, o MPF escreveu que “a balbúrdia contábil lembra a forma adotada nos tempos em que as transações comerciais eram feitas na base da confiança entre os pequenos comerciantes e os moradores das cidadezinhas do interior do Brasil”. Efetuada a negociação, havendo ou não disponibilidade de caixa, era feita a nota de empenho da despesa. O produto era cotado pelo preço do dia do efetivo pagamento e não do dia do fornecimento.

Sobre o assunto, o assessor de imprensa de Roriz, Paulo Fona, afirmou que “as contas do governo Roriz desse período já foram devidamente aprovadas pelo Tribunal de Contas do DF, dentro dos critérios da LRF”. Acrescentou que as explicações já foram dadas nos autos e que “é estranho que uma parcela do MP continue a retomar processos com mais de cinco anos, exatamente num ano eleitoral. Parece haver uma operação zumbi com o objetivo de reviver arquivos mortos. O governador continua confiando na Justiça brasileira”.


1 - Controle

A Lei Complementar nº 101, popularmente conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), estabelece normas para que o gestor público administre os recursos de forma a manter o equilíbrio das contas. Exige planejamento, controle e transparência. E prevê punição para quem descumpre as regras. A LRF limita os gastos com a folha de pagamento e estipula percentuais mínimos a serem investidos em educação, saúde e segurança pública, por exemplo.


DOIS CONDENADOS

» O ex-secretário de Fazenda Valdivino José de Oliveira e o ex-subsecretário de Fazenda Afrânio Roberto de Souza Filho foram condenados por terem repassado recursos públicos para cobrir deficit da Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central (Codeplan) em 2001, na gestão de Joaquim Roriz. A Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) do Ministério Público os denunciou por desrespeito ao artigo 26 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Esse tipo de transferência de recursos só poderia ser feito mediante aprovação de lei específica. Os dois teriam repassado à Codeplan cerca de R$ 9 milhões. A decisão é da 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça. Valdivino foi condenado a quatro anos, 10 meses e 10 dias de reclusão em regime semiaberto e Afrânio a três anos e 22 dias de reclusão em regime aberto. Ambos podem recorrer da decisão em liberdade.

Comento

Roriz precisa melhorar muito para se tornar um crápula. O que dizer de uma pessoa que renuncia ao cargo de Senador da República só pela ameaça de se abrir um processo de quebra de decoro parlamentar? Durval Barbosa que acabou com a vida política de Arruda é homem de confiança de Roriz. Estranho para dizer o mínimo. Se Brasília o eleger pela quinta vez Governador da cidade juro que pego o meu banquinho e saio de fininho pra qualquer outro lugar.

Restaurar é preciso; reformar não é preciso


O artigo abaixo é de Reinaldo Azevedo publicado na edição 2025 de VEJA. Um texto um tanto quanto antigo e atual ao mesmo tempo. Uma crítica ao método de ensino e a burrice de reformas que nada acrescentam:



" A reforma ortográfica que se pretende é um pequeno passo (atrás) para os países lusófonos e um grande salto para quem vai lucrar com ela. O assunto me enche, a um só tempo, de indignação e preguiça. O Brasil está na vanguarda dessa militância estúpida. Por que estamos sempre fazendo tudo pelo avesso? Não precisamos de reforma nenhuma. Precisamos é de restauração. Explico-me.
A moda chegou por aqui na década de 70, espalhou-se como praga divina e contribuiu para formar gerações de analfabetos funcionais: as escolas renunciaram à gramática e, em seu lugar, passaram a ensinar uma certa "Comunicação e Expressão", pouco importando o que isso significasse conceitualmente em sua grosseira redundância. Na prática, o aluno não precisava mais saber o que era um substantivo; bastava, dizia-se, que soubesse empregá-lo com eficiência e, atenção para a palavra mágica, "criatividade". As aulas de sintaxe – sim, leitor, a tal "análise sintática", lembra-se? – cederam espaço à "interpretação de texto", exercício energúmeno que consiste em submeter o que se leu a perífrases – reescrever o mesmo, mas com excesso de palavras, sempre mais imprecisas. O ensino crítico do português foi assaltado pelo chamado "uso criativo" da língua. Para ser didático: se ela fosse pintura, em vez de ensinar o estudante a ver um quadro, o professor se esforçaria para torná-lo um Rafael ou um Picasso. Se fosse música, em vez de treinar o seu ouvido, tentaria transformá-lo num Mozart ou num Beethoven. Como se vê, era o anúncio de um desastre.
Os nossos Machados de Assis, Drummonds e Padres Vieiras "do povo" não apareceram. Em contrapartida, o analfabetismo funcional expandiu-se célere. Se fosse pintura, seria garrancho. Se fosse música, seria a do Bonde do Tigrão. É só gramática o que falta às nossas escolas? Ora, é certo que não. O país fez uma opção – ainda em curso e atravessando vários governos, em várias esferas – pela massificação de ensino, num entendimento muito particular de democratização: em vez de se criarem as condições para que, vá lá, as massas tivessem acesso ao conhecimento superior, rebaixaram-se as exigências para atingir índices robustos de escolarização. Na prova do Enem aplicada no mês passado, havia uma miserável questão próxima da gramática. Se Lula tivesse feito o exame, teria chegado à conclusão de que a escola, de fato, não lhe fez nenhuma falta. Isso não é democracia, mas vulgaridade, populismo e má-fé.
Não é só a língua portuguesa que está submetida a esse vexame, é claro. As demais disciplinas passaram e passam pela mesma depredação. A escola brasileira é uma lástima. Mas é nessa área, sem dúvida, que a mistificação atingiu o estado de arte. Literalmente. Aulas de português se transformam em debates, em que o aluno é convidado (santo Deus!) a fazer, como eles dizem, "colocações" e a "se expressar". Que diabo! Há gente que não tem inclinação para a pintura, para a música e para a literatura. Na verdade, os talentos artísticos são a exceção, não a regra. Os nossos estudantes têm de ser bons leitores e bons usuários da língua formal. E isso se consegue com o ensino de uma técnica, que passa, sim, pela conceituação, pela famigerada gramática. Precisamos dela até para entender o "Virundum". Veja só:

"Ouviram do Ipiranga 

as margens plácidas / 
De um povo heróico

o brado retumbante"


Quem ouviu o quê e onde, santo Deus? É "as margens plácidas" ou "às margens plácidas"? É perfeitamente possível ser feliz, é certo, sem saber que foram as margens plácidas do Rio Ipiranga que ouviram o brado retumbante de um povo heróico. Mas a felicidade, convenham, é um estado que pode ser atingido ignorando muito mais do que o hino. À medida que se renuncia às chaves e aos instrumentos que abrem as portas da dificuldade, faz-se a opção pelo mesquinho, pelo medíocre, pelo simplório.
As escolas brasileiras, deformadas por teorias avessas à cobrança de resultados – e o esquerdista Paulo Freire (1921-1997) prestou um desserviço gigantesco à causa –, perdem-se no proselitismo e na exaltação do chamado "universo do educando". Meu micro ameaçou travar em sinal de protesto por escrever essa expressão máxima da empulhação pedagógica. A origem da palavra "educação" é o verbo latino "duco", que significa "conduzir", "guiar" por um caminho. Com o acréscimo do prefixo "se", que significa afastamento, temos "seduco", origem de "seduzir", ou seja, "desviar" do caminho. A "educação", ao contrário do que prega certa pedagogia do miolo mole, é o contrário da "sedução". Quem nos seduz é a vida, são as suas exigências da hora, são as suas causas contingentes, passageiras, sem importância. É a disciplina que nos devolve ao caminho, à educação.
Professores de português e literatura vivem hoje pressionados pela idéia de "seduzir", não de "educar". Em vez de destrincharem o objeto direto dos catorze primeiros versos que abrem Os Lusíadas,apenas o texto mais importante da língua portuguesa, dão um pé no traseiro de Camões (1524-1580), mandam o poeta caolho cantar sua namoradinha chinesa em outra barcarola e oferecem, sei lá, facilidades da MPB – como se a própria MPB já não fosse, em nossa esplêndida decadência, um registro também distante das "massas". Mas nunca deixem de contar com a astúcia do governo Lula. Na citada prova do Enem, houve uma "modernização" das referências: em vez de Chico Buarque, Engenheiros do Hawaii; em vez de Caetano Veloso, Titãs. Na próxima, é o caso de recorrer ao funk de MC Catra: "O bagulho tá sério / vai rolar o adultério / paran, paran, paran / paran, paran...".
Precisamos de restauração, não de mais mudanças. Veja acima, no par de palavras "educação/sedução", quanto o aluno perde ao ser privado da etimologia, um conhecimento fascinante. As reformas ortográficas, acreditem, empobrecem a língua. Não democratizam, só obscurecem o sentido. Uma coisa boba como cassar o "p" de "exce(p)ção" cria ao leitor comum dificuldades para que perceba que ali está a raiz de "excepcional"; quantos são os brasileiros que relacionam "caráter" a "característica" – por que deveriam os portugueses abrir mão do seu "carácter"? O que um usuário da nossa língua perderia se, em vez de "ciência", escrevesse "sciência", o que lhe permitiria reconhecer na palavra "consciência" aquela mesma raiz?
Veja o caso do francês, uma língua que prima não por letras, mas por sílabas "inúteis", não pronunciadas. E, no entanto, os sempre revolucionários franceses fizeram a opção pela conservação. Uma proposta recente de reforma foi unanimemente rejeitada, à direita e à esquerda. Foi mais fácil cortar cabeças no país do que letras. A ortografia de Voltaire (1694-1778) está mais próxima do francês contemporâneo do que está Machado de Assis do português vigente no Brasil. O ditador soviético Stálin (1879-1953) era metido a lingüista. Num rasgo de consciência sobre o mal que os comunistas fizeram, é dono de uma frase interessante: "Fizemos a revolução, mas preservamos a bela língua russa". Ora, dirão: este senhor é um mau exemplo. Também acho. O diabo é que ele se tornou referência de política, não de conservação da língua...
Já que uma restauração eficaz é, eu sei, inviável, optemos ao menos pela educação, não por uma nova e inútil reforma. O pretexto, ademais, é energúmeno. Como escreveu magnificamente o poeta português Fernando Pessoa (1888-1935), houve o tempo em que a terra surgiu, redonda, do azul profundo, unida pelo mar das grandes navegações. Um mar "portuguez" (ele grafou com "z"). Hoje, os países lusófonos estão separados pela mesma língua, que foi se fazendo história. A unidade só tem passado. E nenhum futuro."

Projeto de Lei exige curso de qualificação para reduzir fraudes com seguro-desemprego

Da agência Senado divulgado pelo portal Correioweb em 22/04/2010:


Com o objetivo de reduzir o número de fraudes na concessão do seguro-desemprego, tramita no Senado um projeto de lei que exige, como contrapartida desse auxílio, que o trabalhador desempregado frequente algum curso de qualificação. Esse projeto (PLS 184/05) aguarda votação na Comissão de Assuntos Sociais, CAS.

Quando apresentou a proposta, em 2005, o senador César Borges (PR-BA) citou estudos do governo segundo os quais as fraudes envolveriam cerca de 143 mil segurados e teriam gerado benefícios irregulares de até R$ 210 milhões.

Entre os tipos de fraudes mais comuns, o senador mencionou "o conluio entre o trabalhador demitido e a empresa, com a continuidade do trabalho sem carteira assinada; o exercício de trabalho autônomo remunerado durante o período de benefício; a utilização de empresas fantasmas para celebração de contratos e posterior afastamento para obtenção do benefício; o trabalho remunerado em cooperativas de trabalho durante o período de benefício e o retorno do trabalhador ao mercado formal de trabalho, com continuidade do recebimento do benefício".

Segundo César Borges, a exigência do curso pode funcionar como medida auxiliar no combate às fraudes, pois dificultaria várias delas. Além disso, ele argumenta que o curso pode melhorar a "empregabilidade" do trabalhador.

O curso seria exigido apenas "nas localidades em que houver cursos gratuitos, com vagas disponíveis, de aprendizagem, qualificação, requalificação, adaptação ou reciclagem profissional compatíveis com as atividades desenvolvidas no trabalho anterior e com as qualificações do requerente".

Em seu relatório sobre o projeto, o senador José Agripino (DEM-RN) recomendou a retirada do item que permite a exigência de serviços comunitários para a concessão do seguro desemprego. Na proposta original, isso seria uma opção para os casos em que não houver cursos disponíveis para o beneficiado. Segundo Agripino, a medida "não se coaduna com a natureza do trabalho voluntário" e seria inadequada do ponto de vista legal e constitucional.

Esse projeto altera a Lei nº 7.998, de 1990. Se for aprovado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, deverá ser enviado à Câmara dos Deputados. 

Comento

Está aí um bom projeto de lei para ser aprovado. É escandaloso o número de fraudes na concessão de seguro desemprego. Todo e qualquer auxílio do governo deveria exigir uma contrapartida de quem recebe.

Cobrança Vexatória


A lei 8078/1990 que institui o Código de Defesa do Consumidor preceitua em seu artigo 42 o seguinte: "Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.”. O que significa dizer que, apesar da empresa ter todo o direito de cobrar um débito, o credor não pode fazê-lo de qualquer maneira.

Habitualmente, os Bancos e Financeiras terceirizam suas cobranças para empresas especializadas no assunto, remunerando-as de acordo com o desempenho, ou seja, quanto mais receberem, mais dinheiro as instituições repassam. Isso gera uma sede ao pote terrível, pois, acabam por tratar os inadimplentes de qualquer maneira, cobram o Tio, vizinho, mãe, pai, papagaio, e o cachorro da vizinha. Não demonstram a mínima preocupação de confirmar dados e identificar quem é que está do lado de lá do telefone, afinal sai mais barato cobrar de qualquer maneira e receber, podendo pagar uma indenização à quem se sentir ofendido, do que cobrar civilizadamente. Bancos quando não terceirizam à cobrança adotam um procedimento ainda mais vexatório no caso de empresas. Fazem à cobrança pessoalmente não se preocupando em marcar horários ou se o cliente está próximo a empregados e clientes. Sou Gerente de Contas de um grande banco e sei que isso acontece mesmo.

Não estou aqui à incentivar à inadimplência e o calote. Se você fez uma dívida, tem um compromisso e, portanto, tem que honrá-lo. Está passando por dificuldades financeiras? Isso não é nenhum absurdo tendo em visto os baixos salários comparados com às taxas de juros exorbitantes praticadas no Brasil, mas explique, se possível, pessoalmente à empresa credora os motivos do débito. Agora se está só dando uma de esperto, deixe de "fuleragem" e pague o que deve.

A empresa tem todo o direito de cobrar judicialmente à divida e você, pobre plebeu inadimplente, tem todo o respaldo de cobrar indenização por danos morais na justiça. Como vou provar? De acordo com o artigo 6, inciso VIII, da mesma lei, é garantida a inversão do ônus da prova, ou seja, a empresa tem que mostrar a gravação telefônica e/ou se adotou procedimentos corretos. Se elas não tiverem como provar, os juízes tendem a decidir a favor do consumidor. Anote o dia, o horário e o nome de quem ligou e procure um juizado especial, ou quem sabe, os serviços de um advogado ou da Defensoria Pública. 

A Justiça é lenta? Nesses casos uma decisão sai em menos de 1 ano e é a única maneira de afetar os cobradores para que revejam seus procedimentos. Enfim, se está devendo e tem como pagar, faça-o, senão, exija ser tratado com respeito.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Mais peito, menos leite

Por Adolfo Sachsida do seu Blog em 21/04/2010:

http://oglobo.globo.com/economia/ir2010/mat/2010/04/20/despesas-com-cirurgias-plasticas-podem-ser-abatidas-no-ir-916392173.asp


Essa é mais uma indicação das preferências de políticas públicas do governo: troca recursos que poderiam pagar leite para as crianças por um peito mais agradável as belas mulheres brasileiras. Sua mulher quer seios maiores? Beleza, o contribuinte brasileiro paga parte da operação.....

Os abatimentos do IR são uma vergonha: pode-se abater gastos com empregadas domésticas, com o nariz novo da filha, e com os seios da esposa. Exatamente qual a racionalidade econômica disso? Qual a racionalidade moral disso? Não vou nem questionar os abatimentos com educação, saúde e previdência privada que eu considero incorretos. Mas permitir abatimento de IR para pessoas que querem colocar mais bunda, ou tirar bunda, é o fim da picada.

Antes de propor alíquotas maiores de IR os socialistas deveriam fazer algo que gera muito menos distorções econômicas: acabar com as deduções do IR, ou pelo menos sugerir que seja o marido (e não o contribuinte) que pague pelas cirurgias de seios, traseiros e afins da esposa. As deduções do IR representam uma renúncia fiscal, compensada depois pelo governo com o aumento das alíquotas do IR (ou de outros impostos ineficientes, tais como a COFINS e o IOF).

Movimento "Fora Arruda" decide continuar ocupação da nova sede da Câmara Legislativa

Por Ana Elisa Santana e Saulo Araújo do portal Correioweb em 22/04/2010:


Em assembleia realizada ma manhã desta quinta-feira (22/4), o movimento "Fora Arruda e toda a Máfia" decidiu permanecer no prédio da nova sede da Câmara Legislativa do DF (CLDF), no Eixo Monumental, pelo menos até as 18h. Neste horário, haverá uma outra assembleia para definir os rumos do movimento.

De acordo com Rafael Barroso, estudante da Universidade de Brasília e membro do Diretório Central de Estudantes (DCE), nesta tarde o movimento convocará vários coletivos e sindicatos para participar da reunião. Na assembléia desta manhã, segundo ele, os manifestantes fizeram uma análise profunda da crise que o Distrito Federal enfrenta desde a deflagração da Operação Caixa de Pandora.



O assessor de imprensa da Via Engenharia, empresa responsável pela construção do prédio, esteve no local esta manhã e informou que a construtora divulgará uma nota oficial sobre o posicionamento frente à ocupação. Ele adiantou que a empresa tentará, até última instância, dialogar com os manifestantes para que eles façam uma desocupação pacífica. Se não houver acordo, eles acionarão o departamento jurídico da construtora para pedir a reintegração de posse do prédio.

Manifestantes ocupam o local desde a noite de quinta (21/4) e pedem, entre outras coisas, que seja impugnada a eleição indireta do novo governador do DF, Rogério Rosso (PMDB), a revisão do texto do Plano de Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) que prevê a construção do Setor Noroeste, que o prédio da nova CLDF seja transformado em centro cultural, e ainda a exoneração do coronel Silva Filho, policial militar comandante das operações que acabaram em confronto entre manifestantes e a PM em frente ao Palácio do Buriti, em dezembro de 2009, e na Câmara Legislativa, no último sábado (17/4).

Comento

What a hell? Que diabos querem mesmo esses estudantes? Eles são do movimento fora Arruda e toda à máfia. Até onde eu sei o Governador tampão não aparece em nenhuma das denúncias e impugnar a eleição com base em que? A eleição foi realizada de acordo com a Constituição Federal e a única chance de Rogério Rosso sair do cargo é o agora Ministro-Presidente do Supremo, Cezar Peluso levar à votação o pedido de Intervenção Federal solicitado pelo Procurador Geral da República.

E o que tem à ver o PDOT, o setor Noroeste e transformar a nova sede da Câmara Legislativa em um centro cultural? O PDOT foi aprovado e está sendo contestado na justiça, mas o que querem o estudantes não é a revisão do PDOT como um todo e sim a desistência por parte do governo de construir o setor Noroeste. Visão ideológica sem embasamento algum de impacto social, ambiental e econômico dos estudantes. E gastar essa grana toda para transformar à sede da CLDF em um centro cultural é demais para minha beleza. O que se tem à fazer é votar de acordo com o pensamento de cada um, do que é certo e errado, e colocar pessoas decentes para trabalhar na nova sede. 

E a exoneração do Coronel? Apenas cumpriu o seu dever de tirar invasores de um prédio público. Quem essa meia dúzia de estudantes pensa que é para exonerar um comandante da PM? Deveriam voltar para a sala de aula, isso sim.

MST continua invasão a sedes do Incra de sete Estados

Da agência Brasil pelo Portal Folha Online em 22/04/2010:


Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) mantêm a invasão de sedes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em sete Estados. São eles: Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Rondônia, Pernambuco, Pará e Ceará.
Líderes do MST devem se reunir no final da tarde de hoje na sede do Incra em Brasília para discutir a pauta de reivindicações.
Na Bahia, o MST realizou hoje (22) uma marcha que saiu de Feira de Santana e seguiu para Salvador, com a participação de cerca de 5.000 manifestantes.
As mobilizações cobram um programa de agroindústrias para os assentamentos, a renegociação das dívidas das famílias assentadas e uma linha de crédito que atenda as especificidades das áreas de reforma agrária.
Até o momento, foram realizadas manifestações em 20 Estados e também na capital federal. Foram ocupados 71 latifúndios, sendo 25 em Pernambuco, 15 na Bahia, 11 em São Paulo, cinco na Paraíba, cinco em Sergipe, dois em Alagoas, quatro no Ceará, um no Rio Grande do Sul, um em Santa Catarina, um em Minas Gerais e um em Mato Grosso do Sul.

Comento

Lembra o que eu afirmei da Colheita Feliz? A tática das traquinagens continua.

Quem és tu Malandro?

Rogério Rosso (foto Silvio Abdon/CLDF)

Quem és tu malandro? Essa é a expressão usada freqüentemente por uma amiga minha e é o que todo brasiliense se pergunta. Rogério Rosso entrou para a política depois que se casou com a filha de um dos empresários mais ricos de Brasília. Eleito Governador tampão, o cargo de maior relevância que teve no DF foi o de Administrador Regional de Ceilândia, a segunda satélite mais importante do território, onde recebe elogios da população. 

Fato relevante é que foi eleito pelo PMDB com à ajuda do PT. Aqui na capital é a mesma coisa de um flamenguista torcer para o Vasco, Corinthiano para o Palmeiras. A cidade é dividida entre vermelhos (PT) e Azuis (PMDB) que juntos, em fato inédito,  elegeram em primeiro turno um verde - o Arruda que adora um panetone - e já deu no que deu. 

É o quarto Governador em menos de 2 meses e ainda falta votar no Supremo o pedido de Intervenção Federal, ou seja, podemos ter mais um governador - que na verdade será um interventor indicado pelo Presidente Lula - em menos de um ano. Ai ai, eu tenho é medo.

Pichador do Cristo Redentor irá se entregar à polícia!

Do portal Correioweb em 21/04/2010:


O pintor de paredes Paulo Souza dos Santos, de 28 anos, confessou ter pichado a estátua do Cristo Redentor e afirmou que vai se entregar à polícia na próxima segunda-feira (26/4). O ato de vandalismo no monumento, que é um dos cartões postais do Rio de Janeiro , aconteceu na noite de 14 de abril. A confirmação foi feita nesta quarta-feira (21/4) pelo pastor Marcos Pereira da Silva, que realiza trabalhos de evangelização em favelas, e a quem o pintor procurou para pedir apoio.



Segundo o dirigente da Igreja Assembléia de Deus dos Últimos Dias, seu advogado, Alexandre Magalhães, procurou a titular da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal e ficou acertado que Paulo se apresentará na segunda-feira.

Além de Paulo, a polícia suspeita Edmar Batista de Carvalho, de 26 anos, como o outro pichador do monumento. Os responsáveis pelo vandalismo serão acusados por crime ambiental e injúria discriminatória. Se condenados, podem pegar até quatro anos de prisão.

Comento

Eu, sinceramente, não sei o que se passa na cabeça de quem pretende destruir o patrimônio público para realizar protestos. Pichar um monumento, uma placa, uma parede é um ato de imbecilidade. O interessante que apesar de toda à burrice, o pintor está sendo preso justamente porque escolheu o Cristo Redentor somado ao fato que é um, não querendo ser redundante mas já sendo, um pintor. Quando começar a campanha política não haveria candidato a ser votado se todos fossem presos pelo mesmo motivo. É o primeiro ato de amor à pátria que eles nos concedem.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A Colheita Feliz e o Movimento dos Trabalhadores sem terra, dos trabalhadores rurais sem terra, de libertação dos sem terra...e etc


O jogo virtual da moda agora é a Colheita Feliz. O jogo é basicamente uma fazenda em que, inicialmente, você recebe um pedaço de terra para que possa plantar suas sementes para depois colher e vender, podendo assim ganhar dinheiro e comprar mais terras e sementes rebuscadas. Posteriormente, o fazendeiro pode comprar animais e ainda decorá-la. 

No entanto, a grande jogada de Marketing do Google, é possibilitar que os fazendeiros possam roubar e fazer traquinagens na produção das fazendas vizinhas, e assim ganhar dinheiro sem que tenha o trabalho de plantar sementes, regar e colher tornando popular o Game. Dinheiro fácil é popular.

O que faz o "Movimento dos sem...tudo"? Saem em busca de fazendas improdutivas para invadir e assim pressionar o governo para que esse a desaproprie e, assim, esses caçadores de terras possam plantar, colher e assim ganhar o sustento de suas famílias, afinal não é justo que um empresário tenha uma enormidade de posses e não produza. Isso que eu descrevi é o que é idealizado e passado para a população.

O que acontece em quase 100% dos casos, na realidade? Desempregados profissionais invadem qualquer tipo de fazenda, inclusive às produtivas, para barganhar terras não importando se, para isso, tenham que matar, roubar e fazer traquinagens. Barganham inclusive com o proprietário da terra improdutiva para que eles invadam, o governo desaproprie e assim seja mais lucrativa a venda para o estado. Outro fato é: Será mesmo que não é legítimo que uma pessoa tenha posses e não produza seja forçado a vendê-las para o governo? Outros fatos são: Quem tem direito a receber essas terras? Porque esses movimentos sociais? Eu gostaria muito de ganhar uma terra de "mão beijada", mas se mesmo assim eles receberem: Será que estão aptos a produzir? Possuem conhecimento? Não, a maioria deles não detêm o conhecimento para cuidar das terras e vão sim vender e continuar no "Movimento dos quero uma terra de graça".

Agora à pergunta que não quer calar: Qual a relação com à colheita feliz? Tirando às traquinagens, o roubo de fazendas vizinhas, o dinheiro fácil, à colheita feliz te ensina como aumentar sua produção, como ganhar dinheiro de maneira justa fazendo investimentos corretos. O governo ao ser complacente com os "M's tudo" não ensina nada, apenas alimenta o tributo ao dinheiro fácil e desestimula quem quer produzir de maneira legítima em suas terras. E, quem participa desses movimentos, com certeza faz uma Colheita Feliz.

Feliz aniversário - Capital de todos os brasileiros

Hoje é aniversário de Brasília. Capital idealizada por um mineiro e, por isso, Juscelino fez questão de comemorar o feito juntamente com o dia mais importante para o Estado de Minas Gerais: O dia de Tiradentes.

Um mineiro idealizou uma capital, construída no centro do estado de Goiás por Candangos de todos os outros estados do país, e isso, até os dias atuais, acontece! Cearenses, Bahianos, Gaúchos, Alagoanos, Fluminenses e o restante do Brasil constroem e vivem no Distrito Federal.

A educação do Brasiliense, do mais velho ao mais novo - no máximo 50 anos - é feita pelos brasileiros. E por isso, é de extrema injustiça jogar no colo dos "brasilienses" a fama de "Bad Boy's e Patricinhas" que a cidade tem. É comum escutar que "os políticos de Brasília roubam". Tá certo, os daqui roubam mesmo e muito, mas dos 513 Deputados Federais apenas 8 são do DF. E, só para não deixar passar em branco, o Arruda - Rei do Panetone - apesar de ter sido eleito pelos brasilienses é mineiro.

A música diz: "...você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo, são crianças como você! O que você vai ser quando você crescer...". O verso não se aplica. Fortaleza, por exemplo, foi fundada em 1726, já  Porto Alegre em 1808. Comparando com as demais, à cidade ainda é um bebê. Um bebê com o título de Capital Federal e líder de uma "unidade da federação", já que o Distrito Federal não é um estado. Não formou à sua personalidade, sua cultura e ainda...não nasceu para si mesma. Não têm tudo que as suas irmãs mais velhas demoraram para conseguir. Falta experiência.

Enfim, muito cuidado "papais e mamães". Cuidem bem desse bebê. Tem tudo para ser um adulto que poderá dar muito orgulho, muito retorno em sabedoria, cultura e idéias e..... se é que não de pra perceber...Feliz aniversário pra mim, brasiliense de coração, e a todos os outros "Brother's e Sister's".

terça-feira, 20 de abril de 2010

Os Deuses e o Aquecimento global


Comento

A unanimidade na maioria das situações é burra. Nesse caso existem outros fatores a serem considerados, mas também acho que é muito simplista a visão de que tudo é culpa do Gás carbônico, afinal, o planeta, já teve temperaturas superiores às atuais. Então, no mínimo, o nome que dão para isto é errado.

E uma voz arrogante afirma no fundo da sala: O que à Economia tem a ver com o Direito?

É o tipo de afirmação que me dá urticária, seja lá o que isso for. Não pela falta de conhecimento, porque estamos em sala de aula justamente para aprender, mas sim pela prepotência com que a "afirmo-pergunta" foi emitida.

O Direito, assim como à Economia, à Sociologia, à Ciência política estão inteiramente entrelaçadas. Um dos ramos do Direito, apenas para dizer o óbvio, mais aplicáveis ao cotidiano de qualquer cidadão, seja ele de qualquer classe social é o do consumidor. E porque um direito voltado especificamente para esses pobres plebeus? Porque em uma relação entre os que vendem e produzem - empresários - e os que compram - consumidores, há uma tida "disparidade" de forças. Forças ECONÔMICAS, SOCIAIS E POLÍTICAS entranhadas.

Há anos luz economistas e bacharéis em Direito já se degladiavam, em virtude de um culpar o outro por não conseguir, resolver os problemas das desigualdades e distribuição de renda. Entre as brigas eternas está a dos Socialistas contra os Liberais. Marx versus Smith.

A Revolução Francesa -  Liberdade, Igualdade e Fraternidade - Não tem nada a ver com Economia e Direito juntos? Com certeza têm cara pálida. Não preciso falar da Revolução Industrial e do Iluminismo. 

Portanto, se um dia você quiser ser um grande economista, procure saber um pouco de Direito, e se quiser ser um advogado aprenda o mínimo em Economia. E principalmente, não AFIRME, ainda mais com prepotência, algo sem fundamento!

Começando com chave de ouro

Para começar bem, é sempre bom nos inspirarmos em grandes talentos. Escolhi um texto de Graciliano Ramos para passar o que pretendo com esse Blog. Nada mais a dizer, deixo o mestre fazer isso por mim, com toda honra:


" Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. 

Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. 

Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer."

Eu só quero dizer o que penso, e aprender a "dizer" bem.