quinta-feira, 24 de junho de 2010

Fiquei doido?




Não! Eu não vou torcer para a Argentina na Copa do Mundo e nem fiquei doido. Estou indo, na Sexta-feira, para Buenos Aires, onde passarei alguns dias em lua de mel com meu amor. Esperei ansioso por esse momento e, tenho certeza que, o clima e o lugar serão perfeitos para isso. Aproveitarei para saber como é ver um jogo dos hermanos na sua casa. Será que o clima lá também é igual ao daqui? Tem um monte de carro com bandeiras? As ruas são pintadas de azul e branco? A gritaria no buteco eu já tenho certeza.

O importante é que estarei junto com a Jaynara, comendo, bebendo, rindo, tirando um monte de fotos e passando por um monte de situações que, com certeza, serão motivo de piada depois e... viajar é muito bom. Com quem se ama é melhor ainda.

Ah sim, esse não é um Blog onde se posta assuntos pessoais, mas nesse caso estou falando da minha inspiração então é justo. 

Sem postagens nos próximos dias. Volto na terça.



  

quarta-feira, 23 de junho de 2010

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Dunga, a falta de educação em pessoa.


Dunga, técnico da seleção brasileira de futebol, à mim e à muitos, nunca foi sequer um bom jogador de futebol, o que dirá de técnico. Cargo  que leva a responsabilidade de carregar a paixão nacional, símbolo do país que se transforma quando vai assistir um jogo de futebol. 

Além disso, ser técnico de futebol é mais do que montar um time. É saber a hora de mudar, é saber convocar, ser companheiro e profissional com os jogadores e comissão técnica, ter educação para o trato com quem leva as notícias. Dunga não tem nada disso. 

Dunga, ao contrário, acha que a seleção é a "seleção do Dunga" e não a seleção dos melhores jogadores do país na sua opinião. É mal educado, arrogante, antipático. É do mesmo jeito que Maradona é, mas como o craque argentino é algumas milhões de vezes melhor que ele como jogador, fico com Don Diego. Vejam o vídeo abaixo em que, o prepotente Dunga xinga o repórter da Globo Alex Escobar:




Vejam agora o que dizem os jornalistas José Trajano e Mauro Cézar Pereira, ambos da ESPN, sobre o ocorrido:


O pior de tudo é que, muita gente, muita mesmo, se brincar até a maioria, não duvidem, aprovam o que Dunga fez alegando que a imprensa mostra tudo de ruim, que ninguém pode falar nada, que a imprensa está de marcação. Uma Ova! Dunga é mal educado e despreparado como técnico. Não importa se a sua seleção, como ele mesmo diz, ganhar a copa. Chego a me perguntar se realmente vale a pena que se vença dessa maneira. 

Eu sou nacionalista, adoro futebol e a seleção, mas dá uma vontade de torcer pela Espanha quando esse tipo de coisa acontece...ah se dá...

domingo, 20 de junho de 2010

Palpite de hoje: Brasil 3 x 0 Costa do Marfim


Vão começar a me chamar de pé frio se o placar nem se aproximar do que prevejo. Fiquem bem tranquilos, meu pé hoje tá bem quentinho e o Brasil vai detonar!!!!!!!



 Pra frentre Brasil. Salve a seleção.....

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Contribuição científica: ministro Marco Aurélio é autor de livros e mais de 200 palestras



Do portal do Supremo Tribunal Federal:

Nas palavras de José Joaquim Gomes Canotilho, “sempre jovem ministro”; ou “magistrado de singular eficiência”, na visão do professor Arruda Alvim. Essas são algumas definições feitas sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello que, neste domingo (13) completa 20 anos como magistrado da Corte constitucional do País. Sua trajetória profissional acumula diversas publicações, seja como autor de livros ou de inúmeros artigos.


Colaborador da Revista LTr e professor do Curso de Pós-Graduação Latu Sensu em Direito Processual Civil do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), o ministro Marco Aurélio tem quase duas dezenas de livros de sua autoria e de co-autoria. O primeiro deles foi lançado em 1977, pela editora Artes Gráficas Brasil, quando ele tinha apenas 31 anos: a “Coletânea de Pareceres Jurídicos”, que pode ser encontrada hoje na Biblioteca do Senado Federal. A obra reúne os pareceres emitidos pelo ministro quando era membro do Ministério Público.


Seu mais recente livro foi publicado em 2006 pela editora Forense. “Vencedor e vencido: seleção de votos e pronunciamentos no Supremo Tribunal Federal” é um apanhado dos principais posicionamentos e discursos do ministro Marco Aurélio desde 1990, quando tomou posse no Supremo, até o ano de 2006, com destaque para o voto na ADI 2310, da qual foi relator, proposta pelo Partido dos Trabalhadores contra a Lei n° 9.986/2000 – que trata da gestão de pessoas nas agências reguladoras.


Há um destaque também para a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 46. Relator da ação, Marco Aurélio votou favoravelmente à completa quebra do monopólio da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) para envio de cartas pessoais e comerciais, cartões-postais e correspondências agrupadas (malotes). O posicionamento do ministro, no entanto, não foi acompanhado pelos demais membros do Plenário, que, em 2009, por seis votos a quatro, declarou a Lei 6.538/78 – que trata desse monopólio – recepcionada e de acordo com a Constituição Federal.


Aliás, o texto “A livre iniciativa e o setor postal”, presente na obra “Os 20 anos da Constituição da República Federativa do Brasil”, publicada em 2009 pela editora Atlas, está entre importantes contribuições de Marco Aurélio, bem como o capítulo sobre “O direito à vida e as pesquisas com células-tronco”, do livro “Constituição federal após 20 anos: reflexões”, editado pela Millennium, em 2009. O ministro também participou da elaboração de mais de uma dezena de livros como colaborador, sem mencionar as mais de 200 palestras e conferências ministradas por ele.


Artigos


Além da importante contribuição científica, o ministro Marco Aurélio também é autor de artigos publicados em jornais e revistas brasileiras. Foram quase 80 textos de sua autoria, sendo que alguns deles, publicados originalmente na grande mídia, foram reproduzidos por veículos de diversos estados do país. O artigo “A traição não consentida” – sobre mandados de segurança contra atos do então presidente da Câmara dos Deputados –, de 30 de setembro de 2007, foi publicado por 18 veículos, entre jornais impressos e sites especializados.


Outro trabalho, intitulado “Uma casa chamada Brasil”, também merece destaque pela grande repercussão. Escrito em 2003, quando Marco Aurélio era presidente do Supremo, o artigo alertou os eleitores brasileiros sobre a importância do voto consciente no sentido de eleger representantes compromissados com o futuro do país. O material foi divulgado em dezenas de periódicos.


“A guerra dos nossos dias ou a guerra de todo o dia” é mais um dos artigos de Marco Aurélio que recebeu grande atenção da mídia brasileira, sendo divulgado por quase 30 veículos, entre jornais, revistas, sites e informativos. O texto aborda a guerra ocasionada pelo narcotráfico no Brasil e suas consequências, entre elas a falta de infraestrutura do sistema penitenciário brasileiro e os crimes cometidos contra os agentes públicos.


Homenagens


Três autores lançaram neste ano o livro “Ministro Marco Aurélio Mello: acórdãos: comentários e reflexões”, publicado pela editora Millennium. A obra reúne comentários de diversos autores sobre os julgados proferidos pelo magistrado. Organizada por Eliane Trevisani Moreira e Francisco Vicente Rossi, o livro foi prefaciado por José Manuel de Arruda Alvim Neto, e pode ser encontrado na Biblioteca do STF.

A cruel realidade brasileira da falta de empreendedorismo


No post anterior, citei reportagem do portal Conjur, com informações da Assessoria de Imprensa da OAB, que a Polícia Federal desbaratou uma quadrilha que fraudava concursos públicos a mais de 16 anos. No caso, tivemos ainda, criminosos que não tomaram posse do cargo - quem compra o gabarito também é criminoso - e que reivindicavam indenizações milionárias na justiça. Não fosse a ação da PF eles teriam recebido a grana. 

A despeito do fato lamentável, a reportagem é importante para navegarmos em um lado, digamos, de políticas públicas mal feitas, ao meu sentir, com o incentivo feito pelos governantes de fazerem de tudo para que nossos talentos queiram sempre trabalhar para o governo.

Quem gera emprego e renda, na minha opinião, com muito mais força é o empresário. É assim em todo mundo. O que faz uma pessoa pagar R$ 150.000,00 em um gabarito de concurso público? Esse jovem não aprendeu nada na faculdade sobre um tal "espírito empreendedor"? A maioria não aprende e não é estimulada a isso. Por que não abrir um negócio? Ganhar a vida como empresário ou profissional autônomo? 

Abrir um negócio no Brasil, além da falta de competência do governo em incentivar o empreendedorismo, é além de tudo muito difícil e arriscado. Demora-se muito para abrir um empresa. As regras não são claras. Existem um monte de riscos jurídicos envolvendo o assunto e, ainda, se o jovem empresário quiser fazer tudo conforme a lei, pagará um monte de impostos que "comerão" o lucro da sua jovem empresa. Fora isso, o risco trabalhista é absurdo. O trabalhador nos Trt's da vida, sempre, ou melhor, quase sempre tem a razão.

O que faz então quem tem algum juízo? Estuda um pouco e vai trabalhar para o estado. Protegido por um lei absurda como a 8.112/90 que,  depois de 3 anos, ele passa a ser estável. Traduzir estabilidade, a luz dessa lei, é dizer que o empregado do governo só é mandado embora se fizer, para dizer pouco, merda ao triplo. E sou otimista.

Desse jeito não tem PAC, PEC, PIC, POC que dê jeito. Vamos acabar todos tomando no PUC.

PS: Envergonho-me de saber que uma pessoa, como na reportagem, é capaz de pagar cinco anos de faculdade de Direito e depois pagar mais R$ 50.000,00 para fraudar o exame da OAB. Esse é mera verificação dos conhecimentos dos cinco anos de faculdade. Belíssimos advogados estamos formando.

PF prende grupo que fraudava concursos públicos




A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (16/6) a Operação Tormenta, com o objetivo de prender um grupo envolvido em fraudes em concursos públicos em todo o país. Segundo informações do portal G1, foram expedidos 12 mandados de prisão temporária, 34 mandados de busca e apreensão, sendo 21 na Grande São Paulo, um no Rio de Janeiro, três na região de Campinas (SP) e nove na Baixada Santista.
Durante a execução dos mandados, os agentes apreenderam dinheiro, equipamentos para fraude e cadernos de provas nos endereços abordados. “Já encontramos pontos eletrônicos, cadernos de provas, dólares em grande quantidade”, revelou o delegado responsavél pelas investigações, Victor Hugo Rodrigues Alves.
De acordo com o comando da PF em Brasília, a quadrilha envolvida no caso atuava há pelo menos 16 anos na violação de provas. Doze pessoas foram presas. “Quando as investigações se aprofundaram, a gente constatou que estávamos diante de uma grande organização criminosa com pelo menos 16 anos de atuação”, afirmou o delegado.
Os 12 suspeitos de envolvimentoi no esquema serão acusados por formação de quadrilha, violação e sigilo funcional, estelionato, receptação e falsificação de documentos públicos. Já os candidatos identificados devem responder por crime de receptação e estelionato. Os candidatos não foram presos porque não são integrantes da quadrilha. “Eles apenas participaram da fraude e serão indiciados por estelionato”, explicou o diretor de Inteligência Policial da PF, Marcos David Salem.
Investigações
De acordo com o G1, a PF iniciou as investigações a partir de informações durante a investigação sobre o concurso para agente da PF, em 2009. A partir de fevereiro deste ano, a PF identificou que a quadrilha atuava em todo o país, com acesso aos cadernos de questões antes da data de aplicação das provas. Além do concurso da PF, o grupo teve acesso privilegiado às provas do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (2ª fase/2010) e do concurso da Receita Federal (auditor-fiscal/1994). Segundo a PF, os concursos da Abin e da Anac também estão sob suspeita.

Foram identificados 53 candidatos que tiveram acesso à prova de agente federal, pelo menos 26 candidatos que tiveram acesso à prova da OAB e de 41 candidatos que tiveram acesso à prova da Receita Federal. Ainda de acordo com o delegado, a quadrilha cobrava até US$ 50 mil de cada candidato que participasse da fraude no concurso para agentes da PF. “O concurso da OAB eles cobravam R$ 50 mil, já temos conhecimento de que para o concurso para delegado da Polícia Federal eles iriam cobrar US$ 150 mil”, afirmou Salem.
Um empresário dono de uma universidade e um policial rodoviário federal são apontados como os comandantes do grupo. O policial era o responsável por obter o caderno de respostas durante o transporte das provas que era realizado pelo órgão, diz a PF.
No caso do concurso para agente da PF, a investigação revelou que 53 candidatos aprovados na primeira fase foram beneficiados pelo esquema, mas só seis ainda permaneciam no processo de formação do órgão. “Os candidatos começaram a ser aprovados no concurso. Até chegar à academia de polícia [última fase do concurso] só sobraram seis. Eles foram avisados nesta quarta-feira (16/6), foram indiciados e afastados da academia policial”, afirmou Salem.
No concurso realizado em 1994 para a Receita Federal, os candidatos foram impedidos de assumir os cargos por suspeitas de fraude já na época de realização das provas. Cerca de 16 anos depois, as indenizações pleiteadas pelos beneficiários da quadrilha que não assumiram já somariam R$ 123 milhões, diz a PF. “A investigação evitou o pagamento dessas indenizações e garantiu a economia dos recursos do Estado”, afirmou Alves. O delegado ainda afirmou que a quadrilha iria receber parte dessas indenizações, caso a Justiça tivesse determinado o pagamento.
De acordo com a PF, o grupo atuava por meio de aliciamento de pessoas que tinham acesso ao caderno de questões, para conhecimento antecipado das provas. O grupo atuava também no repasse de respostas aos candidatos por meio de ponto eletrônico durante a realização do concurso e indicava uma terceira pessoa mais preparada para fazer o concurso no lugar do candidato. A PF afirmou que a quadrilha também falsificava documentos e diplomas exigidos nos concursos quando o candidato não possuía a formação exigida.
O delegado, Victor Hugo Rodrigues Alves, não divulgou os nomes para não prejudicar os trabalhos. Todas as provas reunidas serão analisadas no decorrer da investigação.
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, receberá na quinta-feira (17/6), às 9h30, o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, que fará um relato da Operação Tormenta. Ophir Cavalcante foi o responsável pela denúncia à PF, no dia 2 de março último, dos indícios de fraude  detectados pela entidade em Osasco (SP) por ocasião da aplicação em todo o país da prova prática (segunda fase) do Exame de Ordem, dia 28 de fevereiro. Aquela fase da prova, com apoio unânime do Colégio de Presidentes do Conselho Federal da OAB, foi anulada dia 7 de março e reaplicada para todo o país no dia 18 de abril. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Em 20 anos, vencido passou a formador de opinião. Ou, Marco Aurélio 2.0


Por Arnaldo Malheiros Filho do portal Conjur em 15/06/10. É um texto sobre o Ministro Marco Aurélio, que completa 20 anos de carreira no STF. O Judiciário nos daria muito mais orgulho se tivéssemos alguém como ele em todas as áreas do judiciário. Com Pulso, técnica e coragem. Segue o texto:

Conheci o ministro Marco Aurélio em sessão.
Eu fizera sustentação oral num caso de muita repercussão, envolvendo acusação de crimes financeiros. Falei para uma Turma então composta por três Ministros, pois havia duas vagas a preencher. O relator era o presidente, decano da Casa e seu ex-presidente, que proferiu voto contrário à pretensão, e o segundo juiz pediu vista.
Quando o feito voltou à pauta, as cadeiras vazias haviam sido preenchidas, uma delas por Marco Aurélio. O presidente, com sabedoria e justiça, determinou que o julgamento fosse reiniciado, para dar oportunidade aos novos Ministros de participar da decisão, em vez de limitá-la a apenas três julgadores. Gentilmente, mandou me avisar de que eu poderia novamente proferir sustentação oral. Lá fui.
Já de início impressionou-me a juventude do novo Ministro, que aparentava menos idade do que a pouca que tinha. Após a sustentação o presidente releu seu voto e acrescentou um substancioso adendo, rebatendo os argumentos que eu usara na sustentação anterior. O segundo votou a meu favor.
Marco Aurélio, ao contrário do que eu esperava, não pediu vista. Passou a votar, com densa fundamentação, divergindo do relator e sem usar o mesmo embasamento do segundo juiz. O relator, com sua autoridade de presidente e decano, replicou, mas o benjamim – que já mostrara notável capacidade de compreensão e exposição – revelou uma firmeza inabalável em seu entendimento. Ganhei a causa e deixei a sessão impressionado com a nova aquisição da Corte, certo de que se tratava de Ministro destinado a fazer história.
Inteligência, clareza e firmeza: As qualidades que Marco Aurélio revelou desde a chegada, marcaram sua judicatura no Supremo.
De fato, logo após comecei a ouvir comentários, pois todos falavam dele. Funcionários referiam-se a um Ministro minucioso e detalhista, que não raro mandava até retificar autuações; assessores diziam não ter muito a fazer, pois o chefe lia todos os processos e redigia oralmente todos os votos; advogados se encantavam com sua acolhida no gabinete; colegas estranhavam um par que dizia ser a sala de sessões o único lugar a se discutir processos, na cultura das “onze ilhas”.
Mas para entender essa figura tão marcante, é preciso abrir um parêntese e falar de um tempo anterior, falar do Judiciário na ditadura.
O golpe militar foi cruel com a magistratura. Na ditadura envergonhada de Castelo Branco (valho-me da terminologia de Elio Gaspari) já se suspenderam as garantias e juízes foram cassados, destacando-se, em São Paulo, a figura modelar de Edgard de Moura Bittencourt, exemplo de grande juiz, extirpado de nosso Tribunal de Justiça pela violência do regime.
Nessa fase o Supremo foi poupado, a despeito das irritações que o Presidente Ribeiro da Costa causava na caserna. O sucessor ungido, o sargentão Costa e Silva, disse que o problema não era o Supremo, mas seu presidente, limitado a um mandato, insinuando que sua importância tinha os dias contados. Pois a Corte se reuniu e, por unanimidade, aprovou emenda regimental com disposição transitória do seguinte teor: “O Ministro Álvaro Moutinho Ribeiro da Costa exercerá a presidência do Supremo Tribunal Federal até o término de sua judicatura". Era a melhor resposta que poderia ser dada à truculência armada.
Empossado o sargentão, logo a ditadura perdeu a vergonha e avançou sobre o Tribunal, cassando as históricas figuras de Victor Nunes Leal, Hermes Lima e Evandro Lins e Silva. O aviso estava dado a todo e qualquer juiz brasileiro: Discordar da ditadura significava o fim da carreira!
A magistratura foi se adaptando, uns deslavadamente se colocando como súcubos das fardas, outros procurando manter a dignidade, mas evitando o fatal confronto direto. Isso levou à criação de uma cultura jurisprudencial a favor do Estado todo-poderoso. Apenas para dar aos jovens um exemplo do que se passava na esfera criminal, lembro o entendimento cristalizado no sentido de que o indiciamento em inquérito não seria constrangimento, de modo que, mesmo se ilegal, não ensejaria o conhecimento de Habeas Corpus!
Essa cultura autoritária ainda era dominante na Corte quando da chegada de Marco Aurélio. O presidente Sarney havia sido felicíssimo na nomeação dos Ministros Pertence e Celso de Mello, os primeiros a enfrentar a ideologia ditatorial e Marco Aurélio veio para essa ala, pois não tinha compromisso algum com a ordem decaída em 1988. Sua judicatura assinala a transição da ditadura para o Estado Democrático de Direito.
Tantas vezes ficou vencido que o apelidaram de mister discenting, como na Suprema Corte dos Estados Unidos são chamados os eternos vencidos. Hoje não é mais e não foi ele quem mudou. Foi o Tribunal que evoluiu.
Marco Aurélio se agigantou como garantista, não como liberal. É curioso, muita gente que nunca leu Ferrajoli, o grande teórico do garantismo penal, usa e abusa desse termo, especialmente para criticar os “liberais”. Eu não rotulo Marco Aurélio de liberal. Como exemplo aponto seu voto – que ouvi com muita tristeza, ainda que sem qualquer interesse no feito – denegando Habeas Corpus no caso da Operação Satiagraha, ao contrário do que teria feito um juiz liberal. O garantismo consiste apenas em assegurar efetividade concreta às garantias que a Constituição dá ao indivíduo contra o poder do Estado.
Luigi Ferrajoli diz que se a Constituição não for aplicada às mais corriqueiras situações do dia-a-dia, com “técnicas coercitivas, ou seja, garantias”, ela não passará de um pedaço de papel, inútil para a sociedade. Hoje há quem ressuscite juristas do nacional-socialismo que diziam que a Constituição não passava, sim, de um pedaço de papel, incapaz de se opor à vontade do povo, expressa pelo Führer. A coisa agora piorou, pois não há mais Führer e qualquer autoridade tem pretensões de veicular a vontade do povo.
Marco Aurélio nunca se alinhou a esses. Ao contrário, aferrou-se sempre à afirmação das garantias constitucionais, essenciais para a concretização do Estado Democrático de Direito.
Implicitamente essa nova safra de Ministros dos governos civis sepultou dois axiomas perversos da jurisprudência da ditadura.
O primeiro dizia que o Supremo não é casa de Justiça, mas órgão de unificação da interpretação do direito federal. Fosse isso verdade e a corte deveria retirar de sua denominação a palavra “Tribunal”. O Estado Democrático de Direito não entende uma “casa de Direito” que não seja casa de Justiça, e nele não há tribunal que não o seja.
O segundo é o de que o Supremo jamais olha para os fatos, mas só para o Direito. Ora, interpretar o Direito é aplicá-lo, e isso só é possível quando se amolda o texto do diploma legal a fatos, criando-se a norma. Esses fatos são, não raro, pequenos, prosaicos até, mas isso é o exercício da jurisdição constitucional que Marco Aurélio tão bem pratica.
Vinte anos, parece que foi ontem! E foi o tempo necessário para que o vencido passasse a formador de opinião, ajudando a levar a Suprema Corte para o garantismo constitucional.
Que bom para o Brasil seria ter alguém como Marco Aurélio em cada vara, em cada grotão, em cada juízo de primeiro grau nas grandes capitais, em cada Tribunal de apelação. Não haveria maneira melhor de desafogar o Supremo das causas que ali chegam.

terça-feira, 15 de junho de 2010

E sobre o post anterior...

O Dunga é pior que eu pensava...e quase que eu caio do cavalo....,mas é só o começo. O próximo vai ser de 4 a 0.

Previsão do Jogo: Brasil 5 x 0 Coréia do Norte.


Só mesmo na Copa do Mundo. Uma cambada de jornalistas sem futuro e uns brasileiros sem espírito de lógica para pensar em uma derrota brasileira. O péssimo time da comunista Coréia do Norte nem assusta um time formado por 7 zagueiros do time do Ceilândia.

O Brasil só perde se, O Júlio César quebrar o braço, o Maicon não conseguir jogar, o Lúcio ficar tetraplégico, o Juan ter que voltar as pressas pra casa porque seu cachorro ligou dizendo que está com febre, O Kaká decidir virar ateu e o Robinho passar a torcer pelo Corinthians. Se isso tudo acontecer, os africanos deixarem de tocar a "vuvuzela" e os outros 5 jogarem mal, o Brasil empata.

Minha previsão é pessimista. O Brasil ganha de 5 e só porque o Dunga é um péssimo treinador, senão, seria de 10.

 
E podem me cobrar.....

 

domingo, 13 de junho de 2010

Direitos do Consumidor no tocante ao transporte aéreo.

É de extrema irresponsabilidade o trato do Governo para com os aeroportos brasileiros. Por conseguinte, aeroportos maltratados, se traduzem em falta de respeito para com o consumidor e funcionários destes. Precisamos melhorar muito e, não vejo outra solução, senão a privatização.

Isso é capítulo para um post inteiro. Nesse, no entanto, vou tratar dos direitos do consumidor enquanto passageiro de companhia aérea . A ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil-, emitiu resolução, que trata do dever delas e do direito deles quando ocorrerem atrasos.  

Segue aqui a íntegra da  Resolução 141 da ANAC.

Em suma, a resolução, trata das informações a serem prestadas pela companhia em caso de ocorrência de eventuais atrasos e cancelamentos, procedimentos previstos, reembolso em caso de atraso superior a 4 horas e da Assistência material a partir de 1 hora de atraso. Essa última, como é o mais comum de ocorrer, é preciso que se dê especial atenção. Vejam abaixo:

Art. 14. Nos casos de atraso, cancelamento ou interrupção de voo, bem como de preterição de passageiro, o transportador deverá assegurar ao passageiro que comparecer para embarque o direito a receber assistência material.

§ 1º A assistência material consiste em satisfazer as necessidades imediatas do passageiro, gratuitamente e de modo compatível com a estimativa do tempo de espera, contados a partir do horário de partida originalmente previsto, nos seguintes termos:

I - superior a 1 (uma) hora: facilidades de comunicação, tais como ligação telefônica, acesso a internet ou outros;

II - superior a 2 (duas) horas: alimentação adequada;

III - superior a 4 (quatro) horas: acomodação em local adequado, traslado e, quando necessário, serviço de hospedagem.

§ 2º O transportador poderá deixar de oferecer serviço de hospedagem para o passageiro que residir na localidade do aeroporto de origem.

É uma boa série de medidas, que se corretamente aplicadas, evitarão os constantes aborrecimentos impostos pelas companhias. Diga-se, às vezes, a culpa não é delas, mas da própria administração da Infraero. Entretanto, não temos nada com isso e, portanto, o consumidor não pode ser prejudicado.

terça-feira, 8 de junho de 2010

O Brasileiro é tão idiota que não sabe nem comprar um remédio.


Por Carlos Alberto Sardenberg do Jornal O Estado de São Paulo em 07/06/2010

Que tal a seguinte questão: as pessoas sabem cuidar de suas vidas ou precisam sempre da proteção e do controle do Estado? 
Antes que façam a objeção, observo: é claro que não haverá resposta absoluta do tipo “eliminem o Estado” ou “suprimam as liberdades”. Mas no balanço, a coisa se inclina, no Brasil, mais para uma suposta proteção do Estado, que mais parece autoritarismo.
Tanto é assim, que certas questões nem aparecem no debate político. Por exemplo: o que é melhor, a gente pagar mais impostos para o governo fornecer a escola pública ou pagar menos imposto e, com mais dinheiro no bolso, escolher uma escola particular? Pagar imposto para o serviço público de saúde ou ficar com mais dinheiro para pagar o plano de saúde privado? 
Reparem agora como a coisa aparece no cotidiano das pessoas. Os medicamentos se dividem em dois grandes grupos, os que precisam de prescrição médica e os que não precisam, sendo estes de venda livre nas farmácias. Livre até certo ponto, pois a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, tenta impor a regra pela qual os medicamentos isentos não podem ficar expostos nas gôndolas, ao alcance do consumidor. Em vez disso, deveriam ficar guardados atrás dos balcões, de tal modo que o cidadão tenha que solicitá-los ao balconista. 
A Anvisa baixou resolução com essa norma, mas associações e redes de farmácia a contestam na justiça. Além disso, algumas assembléias legislativas estaduais aprovaram leis regulamentando o varejo nas farmácias e determinando que os medicamentos isentos podem, sim, ficar nas gôndolas, sendo adquiridos diretamente pelo consumidor. Pega e paga no caixa. 
A situação, portanto, está indefinida nos tribunais e no legislativo. Mas o Conselho Federal de Farmácia, entidade dos farmacêuticos, que apóia a resolução da Anvisa, pretende resolver a história com outra manobra. Prepara uma resolução determinando que todos os medicamentos isentos de prescrição médica só poderão ser vendidos com uma prescrição farmacêutica. 
Funcionaria assim: a pessoa entra na farmácia em busca de um comprimido para dor de cabeça é, então, atendida por um farmacêutico que fará uma ficha de atendimento e, então, prescreverá o comprimido que o cliente solicitou. Ou um outro, se julgar mais adequado. Nesse caso, se a pessoa não quiser, que procure outra farmácia e outro farmacêutico. 
Haverá, portanto, uma espécie de consulta obrigatória, com o farmacêutico, para a compra de qualquer medicamento, por mais simples que seja. E isso tudo seria determinado por uma resolução do Conselho Federal de Farmácia. 
A Anvisa apóia essa proposta da Conselho, pois é uma maneira de contrabandear e ampliar aquela outra resolução. Pela norma da Anvisa, o consumidor precisa pedir o medicamento ao balconista. Pelo Conselho, o consumidor vai precisar fazer uma ficha e obter a receita do farmacêutico, mesmo para um medicamento que ele mesmo, consumidor, escolheu e que normalmente usa. 
Difícil imaginar outro meio de torrar a paciência dos consumidores. Difícil também imaginar outro meio de tumultuar e encarecer um comércio que funciona relativamente bem. O argumento da Anvisa e do Conselho sustenta que as regras se destinam a evitar uso indevido de medicamentos isentos de prescrição e, assim, prevenir reações adversas e/ou interações medicamentosas. 
Mas esse tipo de problema não é, propriamente, uma calamidade nacional, nem sequer uma preocupação grave. Não há notícia de que a coisa no Brasil esteja fora do controle. 
O que ocorre mais é problema com o uso indevido de medicamentos, digamos, mais perigosos, justamente aqueles que precisam de prescrição – e que são vendidos sem a receita. Tem a venda no contrabando que vem do Paraguai, por exemplo, que é um assunto da polícia. Mas muitas farmácias legalmente estabelecidas também vendem sem prescrição e depois compram receitas de médicos. 
Ora, em vez de tratar desse assunto, a Anvisa e Conselho de Farmácia querem introduzir outra prescrição e outra ficha. 
O argumento de que o brasileiro não sabe comprar remédio não se justifica. Os números não indicam uso excessivo dos medicamentos livres, mesmo porque as pessoas não estão com dinheiro sobrando para comprar um remédio novo só para experimentar a novidade. 
Na verdade, o pessoal da Anvisa tem uma visão autoritária e um viés contrário ao comércio farmacêutico privado. Entende que as autoridades sabem melhor o que é bom para as pessoas. Estas precisariam ser protegidas para não caírem vítimas de capitalistas inescrupulosos. (Mas quem as protegerá, por exemplo, de um farmacêutico que se recuse a vender um medicamento?) 
Já o Conselho está obviamente preocupado em garantir mais postos de trabalho para os farmacêuticos. Resultado: se isso tudo vingar, o custo de operação das farmácias subirá . 
Ou seja, a pretexto de proteger as pessoas, vão conseguir duas coisas: aumentar o preço dos remédios e atrapalhar um pouco mais a vida dos consumidores. 

Votarei em José Serra! E, ao contrário de muitos, sei muito bem o por quê.


Esse não é um Blog político, mas não me furto a deixar claro minha opinião sobre tudo que me der na telha. E política, é um assunto que me interessa desde sempre e, está, diretamente relacionada com a minha paixão pela Economia. Enfim, deixo abaixo os meus motivos. Antes, porém, darei algumas explicações sobre socialismo, capitalismo e liberalismo.

Desde pequeno, sempre tive atração pelas notícias jornalísticas e, principalmente, aquelas voltadas para os assuntos políticos. Lembro-me bem de debates - sou fascinado por eles - como o de Cristovam Buarque, atual Senador do PDT representando o Distrito Federal, contra Joaquim Roriz, incontáveis vezes Governador também daquela unidade da federação. No entanto, o que mais me vem à cabeça foi o de Lula versus Collor. 

Com essa paixão já exacerbada, fui criado sob bases esquerdistas. Foi quase unanimidade na minha família o voto em Lula e, aliás, o voto sempre começava como o número 13 do Partido dos Trabalhadores, em meus votos, inclusive. Era de esquerda, mas ao longo de meus estudos percebi que não sabia exatamente por quê. 

Quis o destino - ou o que quiserem nomear para esse fenômeno -, depois de várias tentativas minhas, em tentar ser um estudante de informática, que eu decidisse entrar para a faculdade de Economia. Logo em seguida também na faculdade de Direito. 

Já na faculdade, com os estudos, comecei a me deparar com o outro lado da moeda: A visão direitista. Ou melhor, a visão com a qual me identifico de verdade: O pensamento Liberal. As primeiras aulas sobre o assunto foram instigadoras. Relutei, refleti, e acabei entendendo o real funcionamento da Economia. Estudei a história do Socialismo e do Liberalismo. E...mudei de lado. Ou melhor, entendi qual era o meu lado desde o começo. 

Na minha concepção é injusto e imoral o termo "Socialismo". Ser socialista é acreditar que todos devem viver bem, com qualidade de vida, com educação, moradia, emprego e dinheiro. Eu sou liberal e acredito que tudo isso deva existir. No entanto, os socialistas se valem desse termo para justificar os meios pelos quais querem obter essa justiça social. A visão socialista é a seguinte: "os fins justificam os meios". Não importa que preço deva ser pago para se obter justiça social. Coletivismo é o termo correto. 

Coletivismo é a redução das liberdades individuais para se obter a igualdade social. Igualdade social, um dia, pode dar certo com alguns marcianos se por acaso lerem Karl Marx. Não desejo isso para eles. Gosto deles, mas se por acaso lerem, e funcionar exatamente como funcionou com os humanos,  vão acabar inventando outros Hitler's e fascistas na galáxia. O coletivismo ou o "Socialismo",  leva ao fascismo e ao nazismo como a história provou.

O pensamento Liberal, da qual me incluo, parte do princípio do aumento das liberdades individuais. Aumento de liberdade individual não significa falta de ordem como podem pensar alguns, mas sim a liberdade para pensar, trabalhar, estudar, criar...

Ser liberal, ou Neo-liberal, não é ser um filho da puta como a Ex-Senadora Heloisa Helena fazia questão de mencionar. É apenas acreditar que: Quanto menos o Estado interferir na vida do cidadão melhor para todos. Quanto mais o estado permitir que as pessoas produzam. Melhor. Quanto menos empresas públicas. Melhor. E assim por diante. O lema do liberalismo é "Liberdade, paz e livre mercado".  Com isso acreditamos que faremos justiça social e teremos um planeta melhor tratado inclusive em questões ambientais. 

Apenas contextualizei, mas não pensem que José Serra faz jus ao lema acima. É apenas, na minha visão, o menos pior e mais experiente dos candidatos. Além do que, de direita, o PSDB têm pouca coisa. Ele está na verdade a direita do PT, mas é um partido eminentemente de esquerda. A visão econômica de serra, por exemplo, é mais de esquerda que a atual do PT.

Votarei em Serra pelos seguintes motivos: 

1) fracasso da política externa do PT que envergonha o país ao defender assassinos com Hugo Chávez e Mahmoud Ahmadinejad;  

2) Pelo aumento da estatização do Governo Petista; 

3) Aumento do gasto público (gasta mal), tendo na figura de Lula, o principal culpado;

4) A falta de respeito para com a Justiça; Nem começamos a campanha política e o PT já foi multado cinco vezes;

5) A falta de experiência e preparo dos demais candidatos.

Acrescento o fato de que essa eleição é daquelas de ser ou não ser. Ou melhor, Serra ou não Serra. E entre Serra ou não Serra, com os candidatos que temos, voto 45 em outubro. Vai votar em Dilma ou em outro candidato? Vote e seja feliz, mas antes deixe seu comentário com os motivos pelos quais optou por esse ou por aquele. Não vote simplesmente porque aquele é mais bonito ou porque aquele é sucessor de Lula. Pense!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Leon Trotsky

Para reflexão, transcrevo aqui, uma frase do Marxsista Leon Trotsky:

"Num pais em que o único empregador é o Estado, oposição significa morte lenta por inanição. O velho princípio "Quem não trabalha não come" foi substituído por outro: "Quem não obedece não come".

É por essa e outras razões que não acredito em um estado, como o brasileiro, que quer tomar o lugar de quem realmente quer trabalhar. Ou, pior ainda. Não se pode demonstrar oposição ao pensamento.

Boa semana à todos.  

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Vídeo da Semana. Parece cena de filme de comédia.


Vejam só até o fim da primeira reportagem(aproximadamente até o 6º minuto). É o suficiente. Volto em seguida.



Comento

kkkkkkkkkkkkkkk.......seria trágico se não fosse tão engraçado. O policial pergunta: "Qual posição você joga?", e o indivíduo responde: "Eu sou o fixo, e sou bom!". Hoje é sexta-feira, só pra descontrair.

Homem que matou ex-mulher é condenado a 79 anos


Do portal Consultor Jurídico em 02/06/2010:

O comerciante José Ramos Lopes Neto, 47 anos, assassino confesso de Maristela Just, foi condenado a 79 anos de reclusão. Ele foi condenado pela morte da mulher e pela tentativa de homicídio contra o cunhado Ulisses Just e os filhos Nathalia Just e Zaldo Just Neto. A Justiça de Pernambuco condenou o réu por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe. O comerciante está foragido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, portal G1O Globo e Jornal do Comércio (PE).
A sentença do júri popular, de homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio qualificado, foi anunciada pela juíza Inês Maria de Albuquerque após cerca de 13 horas de julgamento no Fórum de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O Ministério Público pediu pena máxima para o réu, 90 anos de prisão. No entanto, a juíza entendeu que, por não serem mais marido e mulher, haveria um atenuante.
Nem o réu nem seus advogados compareceram ao julgamento. A juíza confirmou que a prisão preventiva do réu foi pedida no dia 19 de maio, mas estava sendo mantida em sigilo para garantir a captura.
Dessa forma, o Júri condenou o réu a 26 anos de reclusão pelo homicídio duplamente qualificado de Maristela Just; 39 anos e 2 meses pela tentativa de homicídio qualificado contra seus filhos, Nathália e Zaldo; e 14 anos pela tentativa de homicídio contra seu cunhado, Ulisses. O crime ocorreu em abril de 1989, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, em Pernambuco.
A defesa
Dois defensores públicos fizeram a defesa de José Ramos com base na tese do homicídio privilegiado – sob domínio de forte emoção e por injusta provocação da vítima – na busca de atenuar a pena. Foi destacado o desequilíbrio do réu, que não se conformava com a separação – ocorrida dois anos antes do crime – e o fato de ele ter confessado que matou a ex-mulher.

A defesa buscou ainda convencer os jurados de que José Ramos não teve intenção de atirar nos filhos e no cunhado Ulisses Just. Ulisses morreu há dez anos por motivos não relacionados ao caso.
No entanto, a filha do casal, Nathalia Just, atualmente com 25 anos e testemunha ocular da tragédia, desfez a tese dos defensores. Ela assegurou que o pai, a quem se referiu como José, precisou fazer um giro com o braço para atingir todas as quatro pessoas que se encontravam no quarto da casa dos pais de Maristela, com quem ela e os filhos passaram a morar depois da separação.
“Eu queria que ele estivesse presente para olhar na cara dele e ver se ele teria coragem de negar que atirou com um revólver na minha direção, do meu irmão e do meu tio e matou a minha mãe”, disse ela, emocionada, em seu depoimento.
Nathalia destacou que seis tiros atingiram os quatro. Maristela foi morta com três tiros na cabeça. Nathalia, na época com 4 anos, foi atingida por um tiro transfixante no ombro direito e o irmão, com 2 anos, que estava brincando, no chão, levou um tiro na cabeça que deixou paralisado o seu lado esquerdo. Ulisses também foi atingido ao tentar socorrer a irmã.
O julgamento foi acompanhado por representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e por militantes do Fórum de Mulheres de Pernambuco. Todos destacavam o caso como “emblemático” diante da demora da Justiça. O crime ocorreu em 4 de abril de 1989. José Ramos foi preso em flagrante e passou um ano preso. Foi solto mediante Habeas Corpus impetrado pelo seu pai, o advogado criminalista Gil Teobaldo, e desde então respondia ao processo em liberdade, utilizando todos os recursos legais para prorrogar o seu julgamento. Em julho prescreve a pena.


Comento
A impunidade é estímulo ao crime. O sujeito acima, conhece todos os "atrasos" da justiça e conseguiu protelar ao máximo sua punição. Vai ficar fugindo por aí até julho, quando nada mais deverá, de acordo com o código penal, à justiça. Como diria Boris Casoy: "Isso é uma vergonha!".

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A solução dos conflitos mundiais


É surpreendente, e até as vezes invejoso para alguns, observar uma criança aprendendo uma língua não nativa. Ela evolui 100 passos enquanto um adulto jovem evolui 10. Para citar uma caso concreto, Bárbara, uma menina de aproximadamente 11anos, acho eu, filha de um grande amigo que mudou-se para o Canadá, fala um inglês tão impressionante que,  em menos de 2 anos morando no país, passa desapercebida aos seus professores  canadenses. Para ela, o Francês é questão de tempo.

Crianças não têm barreiras, não têm fronteiras e, por isso, aprendem com mais facilidade. O tempo vai passando e, as crianças tornam adolescentes, adquirindo uma casca de proteção. Quando adultos já têm uma bolha envolto de seus corpos. É quando se tem uma das grandes armadilhas da mente humana. Tendem a ser inflexíveis e, por isso, sem abertura para o novo.

A dificuldade para aprender passa, pela mente fechada, de acreditar que tudo aquilo que já aprendeu é o suficiente e, portanto, a sua opinião é o que basta. Conhecer e procurar entender o porquê da opinião divergente é aprender mais. Mudar de opinião, aceitando fortes argumentos, não é feio ou falta de personalidade. É grande, é belo e, de muita convicção e personalidade.

Essa barreira em, ao menos escutar a opinião alheia, leva as pessoas à terem idéia fixa. O clichê diz que, quem tem idéia fixa, é doente mental; Concordo em parte, acho que a doença é outra.

Ao passo que não se procura entender o diferente, as criaturas tendem ao menosprezo dos que vão de encontro à sua opinião e "endeusar" aqueles que seguem os seus passos. Isso acontece em cada passo da vida humana; Das idéias científicas, das ideologias e, ao ponto que quero chegar, da vida política. Entenda-se por vida política, não só aquele que vota e aquele que é votado e sim, todos que de alguma forma fazem política. De estudantes, rebeldes ou não, à embaixadores, diplomatas, "ativistas", deputados e senadores.

A mente fechada para o mundo chega ao ponto de provocar guerras,"incidentes" diplomáticos como o dos ativistas "humanitários" contra Israel ocorrido recentemente. Aliás, a guerra de Israel com a Palestina vai muito além da falta de diálogo. Passa, também, pela falta de ouvidos à opinião alheia. Soma-se a isso, anos de "picuinhas" e mortes injustificáveis. 

Falando do último ocorrido, em que Navios com ajuda à Faixa de Gaza, foram atacados - não vi, na verdade, nenhum ataque, no sentido estrito da palavra, mas sim uma invasão a mãos limpas, o que pode caracterizar para alguns, um ataque - por soldados Israelenses. A falta de diálogo e da mente fechada leva a provocações. Entendi, essa suposta ajuda, como uma provocação à Israel. Provocaram e, com sucesso, conseguiram com que o país caísse na seu jogo. Os israelenses ficaram de errados na história - e realmente erraram - ao invadir o navio em águas internacionais - lugar de todos -, apesar dos inúmeros avisos dados aos comandantes dos navios que a entrada não seria permitida. Vejam no vídeo abaixo:





Eu não sei até aonde vai essa picuinha, não sou muito otimista. No entanto, você pai, você mãe, têm a oportunidade de passar para seus filhos, que aceitar a opinião do diferente e ter a mente aberta para entendê-lo não é feio, esquisito ou de falta de personalidade. A solução para os conflitos não está nos velhos de barbas longas, nem nas senhoras com pelancas e, sim , nas crianças com a bunda suja de cocô. É nesse momento que os grandes conflitos podem ser resolvidos. Com a melhor educação. 


quarta-feira, 2 de junho de 2010

Adriano depõe e deixa Ministério Público sem falar com imprensa

Do Portal Lancenet.com.br em 02/06/2010:


Adriano compareceu ao Ministério Público para prestar depoimento. O jogador é testemunha chave em um inquérito policial instaurado para investigar o tráfico de entorpecentes no Complexo do Alemão. O nome do jogador é citado, em diversas oportunidades, como uma das pessoas que possui envolvimentos com os principais chefes do tráfico da região.
O jogador deveria comparecer a 38ª DP (em Brás de Pina, localizado na Zona Norte do Rio), para pestar seu depoimento, pela manhã, mas seu advogado, Adilson Fernandes, ligou para o delegado titular da delegacia e disse que o atacante iria depor no Ministério Público.
Por volta das 14h, o jogador chegou ao MP e saiu cerca de uma hora depois. Ao sair, o atacante que estava acompanhado com dois seguranças e seu advogado, deixou o local e foi direto para o seu carro. Nem ele, nem seu advogado queiseram falar com a imprensa.
Só neste ano, o Imperador já foi chamado para depor por duas vezes. Na primeira ocasião, o atacante foi intimado a comparecer à delegacia para explicar sobre uma suposta moto teria comprado em nome da mãe do traficante Mica, da Vila Cruzeiro.
O que complicou a vida do atacante, foram fotos publicadas pelo jornal 'O Dia', onde o jogador aparece fazendo o símbolo de uma facção criminosa e em outra com uma suposta arma em mãos.
Além disso, o jogador teve algumas ligações grampeadas pela Polícia Cívil e em uma delas ele teria dito que iria enviar uma quantia de cerca de R$ 60 mil reais a outro traficante.
Estavam presentes no local, muitos jornalistas e curiosos, além de um repórter de um periódico italiano. Vale ressaltar, que o jogador fechou com a Roma (ITA) e deve se apresentar ao clube da capital italiana na próxima semana.

A bunda, que engraçada.

A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica
Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora - murmura a bunda - esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar.
A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente.
A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.
Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar.
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda,
redunda

Carlos Drummond de Andrade

É dever de cidadão dar bom exemplo.


Como a maioria dos brasileiros, sou fascinado por futebol. Desde pequeno, gostava de brincar de bola, mesmo que a bola fosse, na verdade, um jornal amassado. Como todos que gostam do esporte, tenho ídolos e um time do coração. O time é paixão, o ídolo é exemplo. 

O ídolo, portanto, deve ter cuidado com suas atitudes e com o que fala, pois, apesar dele não ter escolhido ser exemplo para ninguém, como argumentam alguns deles, é notório que, principalmente as crianças, são influenciadas pelos seus pensamentos e atitudes. Mais ainda, o estilo do corte de cabelo, a maneira de se vestir - quantos meninos você já viu não rua com o estilo Calopsita dos atacantes do Santos? -, o que dirá do que eles falam ou pensam.

Como em todo e qualquer ambiente, em que pessoas se relacionam, temos, entretanto, aqueles que fazem o bom uso da imagem e são excelentes influências para os jovens e aqueles que são péssimos exemplos. Um bom exemplo é o atual atacante do Corinthians, Ronaldo e um péssimo exemplo é o ex-atacante do Flamengo, Adriano. E vou disser e mostrar o por quê.

Ronaldo é embaixador das Nações Unidas. Esteve em países, abalados por guerras, onde a sua imagem foi levada para estimular o fim do conflito. Já visitou a Palestina e Israel por exemplo. Também no Brasil, não é difícil ver o atacante em favelas envolvido em obras sociais. Enfim, é de notório conhecimento as suas atitudes exemplares. Eis uma foto do atacante em visita à Israel:





Com relação a Adriano já não posso dizer o mesmo. O craque Rubro-negro é constantemente citado em diversos veículos de comunicação, em função de suas atitudes de destempero e seus problemas com o Álcool. Chegou-se à veicular, recentemente, até que o jogador teria amarrado a esposa e, dados "uns tapinhas", depois de amarrá-la em um poste. Mas, enfim, não se tem nenhuma foto ou vídeo exibindo isto e, além do mais, como diria o goleiro Bruno: "Quem nunca saiu na mão com uma mulher?". 

Acontece que, recentemente, foi publicada(ou publicada novamente, não interessa muito) uma foto do atacante(vejam abaixo) empunhando armas de grosso calibre, ao lado de um...amigo. Ele, no entanto, alega que as armas não são de verdade e que era apenas uma brincadeira. Esquece, no entanto, em ser bom exemplo para a imensa massa de fãs que possui. Esquece que um garoto, que o considera ídolo, pode querer seguir os seus passos e achar normal realizar uma atitude similar. Adriano perde a oportunidade de deixar as coisas melhores do que quando as encontrou, como faz, por exemplo, o atacante Ronaldo. Adriano piora as coisas que encontrou.







Vão dizer por aí que estou pegando no pé dos flamenguistas e que, o atacante tem o direito de andar aonde e com quem quiser. Ok, quem não sabe, sou vascaíno, eterno rival do menguinho, mas de maneira alguma, estou abordando o fato pela emoção e sim pela razão. Aliás, como todo aquele que gosta de futebol, sou fã de Zico, o maior ídolo do Flamengo e que massacrou o meu time diversas vezes. Adriano ter o Direito de andar pelo bairro onde nasceu e com as pessoas que quiser eu não questiono. Cada um faz o que tem vontade desde que não prejudique ninguém. Aí está o detalhe. "Desde que não prejudique ninguém". Ao meu ver e, a luz do Direito, vejo que o atleta ao ser flagrado como acima, estimula o tráfico de drogas e a venda de armas ilegais. Crime passível de prisão. Vejo cabível, inclusive, uma investigação da polícia para verificar possíveis financiamento ao tráfico de entorpecentes feitos pelo..."craque". Futebol dá muito dinheiro para quem chega ao topo. 

Os atletas, portanto, devem ser conscientizados do alcance de suas atitudes, inclusive pelos clubes em que prestam serviços e carregam o seu escudo no peito. Já as entidades de segurança pública devem estar sempre atentas. Investigar é dever do estado. Dar bom exemplo é dever de cidadão.