É surpreendente, e até as vezes invejoso para alguns, observar uma criança aprendendo uma língua não nativa. Ela evolui 100 passos enquanto um adulto jovem evolui 10. Para citar uma caso concreto, Bárbara, uma menina de aproximadamente 11anos, acho eu, filha de um grande amigo que mudou-se para o Canadá, fala um inglês tão impressionante que, em menos de 2 anos morando no país, passa desapercebida aos seus professores canadenses. Para ela, o Francês é questão de tempo.
Crianças não têm barreiras, não têm fronteiras e, por isso, aprendem com mais facilidade. O tempo vai passando e, as crianças tornam adolescentes, adquirindo uma casca de proteção. Quando adultos já têm uma bolha envolto de seus corpos. É quando se tem uma das grandes armadilhas da mente humana. Tendem a ser inflexíveis e, por isso, sem abertura para o novo.
A dificuldade para aprender passa, pela mente fechada, de acreditar que tudo aquilo que já aprendeu é o suficiente e, portanto, a sua opinião é o que basta. Conhecer e procurar entender o porquê da opinião divergente é aprender mais. Mudar de opinião, aceitando fortes argumentos, não é feio ou falta de personalidade. É grande, é belo e, de muita convicção e personalidade.
Essa barreira em, ao menos escutar a opinião alheia, leva as pessoas à terem idéia fixa. O clichê diz que, quem tem idéia fixa, é doente mental; Concordo em parte, acho que a doença é outra.
Ao passo que não se procura entender o diferente, as criaturas tendem ao menosprezo dos que vão de encontro à sua opinião e "endeusar" aqueles que seguem os seus passos. Isso acontece em cada passo da vida humana; Das idéias científicas, das ideologias e, ao ponto que quero chegar, da vida política. Entenda-se por vida política, não só aquele que vota e aquele que é votado e sim, todos que de alguma forma fazem política. De estudantes, rebeldes ou não, à embaixadores, diplomatas, "ativistas", deputados e senadores.
A mente fechada para o mundo chega ao ponto de provocar guerras,"incidentes" diplomáticos como o dos ativistas "humanitários" contra Israel ocorrido recentemente. Aliás, a guerra de Israel com a Palestina vai muito além da falta de diálogo. Passa, também, pela falta de ouvidos à opinião alheia. Soma-se a isso, anos de "picuinhas" e mortes injustificáveis.
Falando do último ocorrido, em que Navios com ajuda à Faixa de Gaza, foram atacados - não vi, na verdade, nenhum ataque, no sentido estrito da palavra, mas sim uma invasão a mãos limpas, o que pode caracterizar para alguns, um ataque - por soldados Israelenses. A falta de diálogo e da mente fechada leva a provocações. Entendi, essa suposta ajuda, como uma provocação à Israel. Provocaram e, com sucesso, conseguiram com que o país caísse na seu jogo. Os israelenses ficaram de errados na história - e realmente erraram - ao invadir o navio em águas internacionais - lugar de todos -, apesar dos inúmeros avisos dados aos comandantes dos navios que a entrada não seria permitida. Vejam no vídeo abaixo:
Eu não sei até aonde vai essa picuinha, não sou muito otimista. No entanto, você pai, você mãe, têm a oportunidade de passar para seus filhos, que aceitar a opinião do diferente e ter a mente aberta para entendê-lo não é feio, esquisito ou de falta de personalidade. A solução para os conflitos não está nos velhos de barbas longas, nem nas senhoras com pelancas e, sim , nas crianças com a bunda suja de cocô. É nesse momento que os grandes conflitos podem ser resolvidos. Com a melhor educação.
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